Caos
Nas urgências hospitalares da Península de Setúbal os tempos de espera previstos são largamente ultrapassados e os utentes agravam o seu estado de saúde, denunciou a União de Sindicatos de Setúbal (USS), que adverte igualmente para o desespero e exaustão vividos pelos profissionais devido às «muitas horas de trabalho acumuladas, ao sofrimento que presenciam, ao ritmo de trabalho imposto em serviços que passam em 300 por cento a sua lotação.
A USS exemplifica a situação caótica com a falta de macas e os «internamentos» de doentes nos corredores, situação «criada pelas políticas de Paulo Macedo», onde avultam encerramentos e diminuição de horários de centros de saúde e SAP, retirada de valências e camas a hospitais da região, aumento das taxas moderadoras, não substituição de profissionais de saúde e a sua contratação ocasional e com vínculos precários, visando condenar o SNS a «uma função meramente assistencialista», abrindo a porta para que os privados embolsem milhões fazendo da prestação de cuidados de saúde um negócio e transformando um direito universal num privilégio para quem pode pagar.