Ensino profissional

Governo promove dificuldades

Rita Rato, deputada do PCP na Assembleia da República, esteve no dia 26 de Janeiro na Escola Profissional para a Educação e Desenvolvimento (EPED), no Monte da Caparica – Almada, onde reuniu com a Direcção da Escola e com a Associação de Estudantes.

A visita integra-se no trabalho regular de contacto dos eleitos comunistas com as instituições e forças vivas das regiões, visando conhecer melhor a realidade para intervir na denúncia e resolução dos problemas concretos. Nesta situação particular, permitiu abordar o problema gravíssimo dos atrasos da transferência das verbas de financiamento público a estas escolas e dos impactos daqui decorrentes.

«Esta situação é análoga aos atrasos na transferência das verbas para as escolas de música e conservatórios regionais com contrato de patrocínio», esclarece, em nota de imprensa, a Comissão Regional de Setúbal da JCP, informando que, à altura, a EPED, à semelhança de outras escolas do concelho, «aguarda ainda pelo pagamento do MEC (Ministério de Educação e Ciência) referente a Setembro de 2014, o que cria dificuldades ao seu normal funcionamento, tendo em conta a necessidade de pagamento de salários e despesas fixas a fornecedores».

Para os jovens comunistas, as políticas de direita aplicadas ao longo dos últimos 38 anos por PS, PSD e CDS têm traçado um caminho de desvalorização da Escola Pública e do ensino profissional. «O regime de financiamento destas escolas, na sua maioria propriedade de entidades privadas, não assegura a garantia dos apoios a todos os estudantes que deles necessitam, desde logo porque reduz o financiamento em caso de abandono escolar dos alunos, degradando ainda mais a capacidade de responder a este problema», explica a JCP, adiantando que também o regime de acesso ao Ensino Superior «cria dificuldades acrescidas aos estudantes do ensino profissional, pois confronta os estudantes com um exame nacional com conteúdos curriculares que não tiveram no seu percurso académico e com a obrigatoriedade de ter 9,5 valores na nota do exame nacional».




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