Enganados
Cerca de 20 trabalhadores da Amorin Cork concentraram-se, quinta-feira, 12, para exigir a readmissão na unidade de Corroios. Na origem do protesto está o facto de a empresa, no passado mês de Outubro, ter anunciado o encerramento daquela unidade, propondo aos trabalhadores a transferência para Santa Maria da Feira ou a rescisão dos contratos.
Para além de configurar uma chantagem, uma vez que a passagem para a fábrica situada no Norte não era acompanhada de qualquer contrapartida, a atitude da Amorin Cork revelou-se enganosa, já que, «passados cinco meses a empresa ainda se mantém a laboral em Corroios, estando no actual momento a recorrer à contratação de novos trabalhadores e a trabalho extraordinário para satisfazer necessidades de produção», denunciou, em comunicado a União de Sindicatos de Setúbal (USS).
A USS lamenta que «empresas ditas de sucesso recorram a esquemas deste tipo, para mandar trabalhadores para o desemprego, em claro aproveitamento dos dinheiros da Segurança Social para depois intensificar a exploração e contratar mão-de-obra em condições precárias».