O Conselho da Europa apelou, dia 12, aos estados-membros para que garantam «um maior respeito pelas normas» da igualdade entre mulheres e homens.

No relatório anual a propósito dos progressos da Estratégia para a Igualdade entre Mulheres e Homens (2014-2017), a organização dirige-se aos seus 47 membros para transmitir os «desafios persistentes» em matéria de igualdade de género.

A organização assinala «a violência constante contra as mulheres», ao mesmo tempo que denuncia os efeitos dos «cortes orçamentais introduzidos por medidas de austeridade», que resultaram em «reduções de recursos, tanto humanos como financeiros», impedindo os governos de «garantirem o acompanhamento das normas do Conselho da Europa em matéria de igualdade».

Em comunicado, o Conselho da Europa lamenta «o recurso demasiado recorrente a estereótipos de género para justificar e manter o domínio que os homens continuam a exercer sobre as mulheres» e critica «os comportamentos sexistas que impedem a progressão das mulheres».

O relatório considera que a estratégia para a igualdade ajudou os estados a reduzir a diferença entre a igualdade de jure e a igualdade de facto, promovendo a consciencialização e sensibilização sobre a importância da igualdade de género.

O Conselho da Europa destaca a entrada em vigor da Convenção Sobre Prevenção e Combate à Violência Contra as Mulheres e a Violência Doméstica (Convenção de Istambul), que se tornou numa referência mundial.

O documento contém um conjunto de recomendações para aumentar a igualdade entre homens e mulheres nos estados-membros.