Estudantes cumprem greve em Espanha

Elitização, não!

Os es­tu­dantes uni­ver­si­tá­rios cum­priram nos dias 25 e 26 uma greve contra a re­forma dos cursos su­pe­ri­ores, que foi se­guida em toda a Es­panha, in­cluindo no Se­cun­dário.

Luta pros­segue contra re­forma eli­tista

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A greve foi con­vo­cada pelo Sin­di­cato dos Es­tu­dantes que re­clama uma adesão entre os 75 e os 90 por cento, de­pen­dendo das re­giões.

Na origem do pro­testo estão as re­formas efec­tu­adas pelo mi­nistro da Edu­cação, José Ig­nacio Wert, em par­ti­cular o de­creto cha­mado 3+2, apro­vado em 30 de Ja­neiro.

O di­ploma reduz de quatro para três anos a du­ração das li­cen­ci­a­turas e au­menta de um para dois anos os cursos de mes­trado.

Para as as­so­ci­a­ções es­tu­dantis trata-se de mais um passo na eli­ti­zação do en­sino, que re­bai­xará o nível das li­cen­ci­a­turas, ao mesmo tempo que torna os mes­trados menos aces­sí­veis aos es­tu­dantes, uma vez que a du­pli­cação da sua du­ração também du­pli­cará os custos, já hoje in­su­por­tá­veis para muitos.

A jor­nada foi mar­cada por ani­madas ma­ni­fes­ta­ções em vá­rias ci­dades, no­me­a­da­mente em Ma­drid, onde se re­a­li­zaram dois des­files con­se­cu­tivos nos dias da pa­ra­li­sação.

Se­gundo de­cla­ra­ções da se­cre­tária-geral do Sin­di­cato dos Es­tu­dantes, Ana García, os es­tu­dantes lutam por uma uni­ver­si­dade para todos: «A me­mória das nossas fa­mí­lias está muito viva, e sa­bemos o que é não poder es­tudar», de­clarou alu­dindo à época da di­ta­dura fran­quista.

Aos des­files es­tu­dantis, jun­taram-se re­pre­sen­tantes de vá­rias or­ga­ni­za­ções so­ciais, da cen­tral sin­dical CCOO, bem como da Es­querda Unida e do Po­demos, e ainda de tra­ba­lha­dores em luta, caso dos da Coca-Cola.

O mo­vi­mento es­tu­dantil anun­ciou a re­a­li­zação de um re­fe­rendo, nos pró­ximos dias 10, 11 e 12, sobre a po­lé­mica re­forma.

 



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