EM LUTA PELA ALTERNATIVA

«Res­ponder aos pro­blemas do País e às as­pi­ra­ções dos tra­ba­lha­dores e do povo»

As co­me­mo­ra­ções do 94.º ani­ver­sário do PCP con­firmam o bom am­bi­ente que se vive no Par­tido: um rico e di­ver­si­fi­cado con­junto de ini­ci­a­tivas por todo o País, grande par­ti­ci­pação de ca­ma­radas e amigos, a qua­li­dade das in­ter­ven­ções alu­sivas ao PCP, à sua his­tória, aos seus prin­cí­pios e à sua in­ter­venção nos dias de hoje e nas con­di­ções ac­tuais, as pro­postas e so­lu­ções para o País, a de­ter­mi­nação na luta e con­fi­ança na força do povo por um Por­tugal com fu­turo, a visão in­te­grada das grandes ta­refas e pri­o­ri­dades que temos pela frente, a pre­pa­ração da ba­talha elei­toral e a mo­bi­li­zação con­fi­ante para o alar­ga­mento da ex­pressão elei­toral da CDU.

Ba­lanço po­si­tivo que po­tencia me­lhores con­di­ções para o de­sen­vol­vi­mento do tra­balho deste grande co­lec­tivo par­ti­dário, na sua luta contra a po­lí­tica de di­reita e por uma al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda, pela de­mo­cracia avan­çada vin­cu­lada aos va­lores de Abril, pelo so­ci­a­lismo e o co­mu­nismo.

Ob­jec­tivo também pre­sente no jantar de aber­tura da cam­panha elei­toral da CDU na Re­gião Au­tó­noma da Ma­deira, com a pre­sença do ca­ma­rada Je­ró­nimo de Sousa, que contou com uma par­ti­ci­pação acima das ex­pec­ta­tivas (cerca de 800 pes­soas) a dar a tó­nica do bom clima po­lí­tico em torno da can­di­da­tura da CDU às elei­ções re­gi­o­nais de 29 de Março; na au­dição pú­blica com vista à re­colha de con­tri­bui­ções para a cons­trução do pro­grama elei­toral do PCP, no dia 10; no de­bate com de­mo­cratas e pa­tri­otas no dia 12, in­se­rido no «Diá­logo e acção para uma al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda», na con­ti­nu­ação de ou­tros que têm sido re­a­li­zados em vá­rias re­giões; na 15.ª Con­fe­rência Na­ci­onal do En­sino Su­pe­rior re­a­li­zada pela JCP no úl­timo sá­bado; na acção «com a força do povo, cons­truir so­lu­ções para o País», com início há uma se­mana e na sessão pú­blica/​de­bate sobre «sec­tores es­tra­té­gicos e na­ci­o­na­li­za­ções», an­te­ontem.

E en­quanto o PCP se des­taca nesta in­tensa ac­ti­vi­dade por uma al­ter­na­tiva iden­ti­fi­cada com as as­pi­ra­ções dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês a uma vida me­lhor, di­ri­gida à afir­mação so­be­rana do País e vin­cu­lada aos va­lores de Abril, o PS in­siste no seu ca­minho de se pro­curar fazer passar por par­tido de es­querda, ao mesmo tempo que mantém o seu apoio, nas ques­tões es­sen­ciais, à po­lí­tica de di­reita. Um PS que, con­tando com a pro­moção dos ór­gãos da co­mu­ni­cação so­cial do­mi­nante, se pre­o­cupa so­bre­tudo em de­sen­volver a sua acção por mar­cação à ac­ti­vi­dade do PCP, como acon­teceu com a ini­ci­a­tiva que re­a­lizou em San­tarém no dia do En­contro Na­ci­onal do PCP e, agora, com a es­colha do dia 6 de Junho para a apre­sen­tação do seu pro­grama elei­toral, a coin­cidir com a Marcha Na­ci­onal, que anun­ciámos a 28 de Fe­ve­reiro.

O PSD e o CDS con­ti­nuam a usar o Go­verno como seu apa­relho de pro­pa­ganda elei­toral e pro­curam, a todo o transe, com o apoio ac­tivo do Pre­si­dente da Re­pú­blica, fazer passar a ideia de que o País está a dar a volta, que graças à sua acção a crise chegou ao fim e que va­leram a pena os sa­cri­fí­cios que os tra­ba­lha­dores e o povo ti­veram que su­portar.

Mas sempre que con­fron­tado com os factos, como acon­teceu no de­bate par­la­mentar de dia 11, nem o pri­meiro-mi­nistro con­segue dar ex­pli­ca­ções claras sobre a sua si­tu­ação con­tri­bu­tiva pe­rante a Se­gu­rança So­cial, nem o Go­verno con­segue ex­plicar que volta é essa que o País está a dar, se a dí­vida não para de crescer, se a re­cessão eco­nó­mica con­tinua, se mais de 600 mil por­tu­gueses foram lan­çados na po­breza, nos úl­timos três anos, se mais de um mi­lhão e 200 mil por­tu­gueses se en­con­tram de­sem­pre­gados.

Intensa está a ser também a luta de massas à volta de rei­vin­di­ca­ções con­cretas nas em­presas e lo­cais de tra­balho e as ac­ções de con­ver­gência por ob­jec­tivos po­lí­ticos mais ge­rais tendo em vista a al­ter­na­tiva à po­lí­tica de ex­plo­ração e em­po­bre­ci­mento. Foi assim com a jor­nada de luta da CGTP-IN de 7 de Março; foi também assim com a ex­pres­siva greve dos tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica de dia 13; com as lutas de ontem dos es­tu­dantes dos en­sinos Bá­sico e Se­cun­dário; vai ser assim com a luta dos es­tu­dantes do En­sino Su­pe­rior, na pró­xima terça-feira. E vão ser também assim a ma­ni­fes­tação de agri­cul­tores pro­mo­vida pela CNA em Braga junto à Agro, na quinta-feira, 26, e a marcha da ju­ven­tude tra­ba­lha­dora que cul­mi­nará com a ma­ni­fes­tação na­ci­onal em Lisboa no dia 28. Mas foram também as co­me­mo­ra­ções do Dia In­ter­na­ci­onal da Mu­lher e vão ser as co­me­mo­ra­ções do 41.º ani­ver­sário do 25 de Abril e do 125.º ani­ver­sário do 1.º de Maio.

É neste quadro que o grande ca­pital e o Go­verno ao seu ser­viço dão novos passos no con­trolo da co­mu­ni­cação so­cial. Tentam salvar, a todo o custo, a po­lí­tica de di­reita: si­len­ci­ando o PCP e a CDU, a sua ac­ti­vi­dade e as suas pro­postas e so­lu­ções para o País, pro­mo­vendo falsas al­ter­na­tivas, agi­tando de novo em grande força as ve­lhas armas do an­ti­co­mu­nismo, ten­tando se­cun­da­rizar as elei­ções le­gis­la­tivas re­la­ti­va­mente às elei­ções pre­si­den­ciais para, assim, mais fa­cil­mente des­viar as aten­ções da grande pri­o­ri­dade deste mo­mento – as elei­ções le­gis­la­tivas – para a der­rota da po­lí­tica de di­reita e cons­trução da al­ter­na­tiva.

Temos pela frente a cons­trução de uma exi­gente ba­talha elei­toral. Ba­talha po­lí­tica que afir­mará com con­fi­ança que é pos­sível um outro ca­minho; que há so­lu­ções e pro­postas para os pro­blemas na­ci­o­nais; que há al­ter­na­tiva à sub­missão e à de­pen­dência; que há uma po­lí­tica al­ter­na­tiva, pa­trió­tica e de es­querda, capaz de res­ponder aos pro­blemas do País e às as­pi­ra­ções dos tra­ba­lha­dores e do povo.