Ao fim de quatro anos re­fu­giado em Lon­dres, Ju­lian As­sange, fun­dador do Wi­ki­leaks, será fi­nal­mente ou­vido pela Jus­tiça sueca em solo bri­tâ­nico.

O pe­dido da pro­cu­ra­dora Ma­ri­anne Ny foi feito, dia 13, aos ad­vo­gados de As­sange, que sau­daram a de­cisão, es­pe­rando que o in­ter­ro­ga­tório con­duza ao ar­qui­va­mento do caso.

A Jus­tiça sueca, que até aqui exigia a ex­tra­dição do sus­peito, de­cidiu agora vi­ajar para Lon­dres, antes que os quatro de­litos se­xuais que lhe são im­pu­tados pres­crevam no pró­ximo mês de Agosto.

Exi­lado há mais de dois anos na em­bai­xada do Equador, para evitar a ex­tra­dição para a Suécia, As­sange nega as acu­sa­ções de agres­sões a mu­lheres em 2010, con­si­de­rando que tudo não passou de uma ma­nobra que vi­sava a sua en­trega às au­to­ri­dades norte-ame­ri­canas.

As re­ve­la­ções feitas através do Wi­ki­leaks ex­pu­seram aos olhos da opi­nião pú­blica mun­dial vá­rios crimes de guerra das tropas do EUA du­rante a ocu­pação do Iraque.

Pro­cu­rado por ale­gados crimes se­xuais, a Jus­tiça sueca nunca con­se­guiu de­duzir a acu­sação. Face às ir­re­gu­la­ri­dades do pro­cesso, a de­fesa de As­sangue re­correu para o Tri­bunal Su­premo sueco, re­que­rendo a anu­lação da ordem de prisão pre­ven­tiva. A alta ins­tância de­verá pro­nun­ciar-se bre­ve­mente.