- Nº 2155 (2015/03/19)
Para enfrentar ofensiva que atinge todos

Unidade nos transportes

Trabalhadores

Organizações sindicais do sector de transportes e comissões de trabalhadores das principais empresas vão hoje em cordão humano até à Assembleia da República, com dois temas prementes.

As organizações representativas, que em vários momentos promoveram acções comuns nos anos mais recentes, reuniram-se no dia 12, na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava/CGTP-IN). Aí decidiram «saudar todos os trabalhadores do sector e manifestar toda a solidariedade e apoio às lutas que se desenvolvem em cada empresa». Num breve documento de conclusões, divulgado pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, declaram ainda que consideram importante «manter um espaço de articulação e acompanhamento do que se passa em cada empresa, porque as medidas para cada uma inserem-se numa ofensiva mais vasta contra o serviço público de transportes, contra os trabalhadores e utentes».
Para transmitirem a sua análise das medidas com vista à privatização das empresas públicas de transportes e das respectivas consequências, e para manifestarem a sua posição sobre as implicações que, para o sector, decorrem da proposta do Governo de regulamento do Transporte de Passageiros, foi decidido pedir uma reunião à Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas.
Este pedido de reunião vai ser entregue hoje, quinta-feira, por dirigentes e activistas que partem da Praça Luís de Camões, às 14h30, em cordão humano.
Uma nova reunião de organizações de trabalhadores de todo o sector ficou marcada para dia 30.
 

Congresso

«Continuam a existir potencialidades, a partir dos locais de trabalho, nomeadamente, de uma maior unidade entre os trabalhadores da mesma categoria profissional, mas fundamentalmente da mesma empresa, do mesmo sector de actividade e a nível nacional», assinala-se no projecto de Programa de Acção, que vai ser discutido este sábado, dia 21, na Voz do Operário, onde vai decorrer o 13.º Congresso da Fectrans/CGTP-IN.
A federação verifica igualmente que «é possível e em muitos casos verificou-se o aumento da sindicalização, acompanhado da ampliação da consciência de classe dos trabalhadores e com o consequente aumento da importância dos sindicatos, criando assim a possibilidade real de, através do aumento da unidade dos trabalhadores, reforçar os sindicatos, gerando assim melhores condições de luta contra a actual ofensiva».