Água é bem público
A Direcção da Organização Regional de Bragança do PCP, num comunicado emitido no dia 22, rejeita o processo de «reestruturação» do sector das águas aprovado pelo Governo, que garante ser nada mais nada menos do que «mais uma peça do puzzle legislativo rumo à privatização do sector», iniciado em 1993 e prosseguido por diversos executivos de maioria PS e PSD-CDS. Para o Partido, é inaceitável que um Governo que apregoa a imperiosa necessidade de «cumprir compromissos» decrete unilateralmente e com a oposição da maioria dos municípios a criação de mega-sistemas de gestão de água, retirando dessa forma «competências e poderes às autarquias» e afastando os centros de decisão das populações. A direcção partidária alerta para os falsos argumentos invocados pelo Governo, como a «equidade territorial» e a «coesão social». Em causa estará, num prazo mais ou menos curto, o aumento das tarifas para todos os consumidores, em resultado da criação da Águas de Portugal, alertam os comunistas.