Apoio no desemprego

A mai­oria PSD/​CDS-PP e o PS con­ver­giram no voto contra dois pro­jectos de lei do PCP que in­tro­du­ziam me­lho­rias no sub­sídio de de­sem­prego.

«Mais e me­lhor pro­tecção no de­sem­prego para travar a po­breza e o agra­va­mento da ex­plo­ração de quem tra­balha», assim re­sumiu o de­pu­tado co­mu­nista Jorge Ma­chado o ob­jec­tivo destas ini­ci­a­tivas le­gis­la­tivas do PCP, indo ao en­contro do que era também o es­pí­rito que di­na­mizou uma pe­tição da CGTP-IN com mais de 27 mil as­si­na­turas e que es­teve igual­mente em de­bate.

Para o PCP, como foi su­bli­nhado, não é acei­tável que 395 mil tra­ba­lha­dores, dos 676 mil de­sem­pre­gados em sen­tido res­trito, se­gundo o INE, não te­nham qual­quer apoio no de­sem­prego. Nú­mero dos sem apoio que sobe para mais de 900 mil, de um total de um mi­lhão e 200 mil de­sem­pre­gados cor­res­pon­dente ao uni­versos de todos aqueles que já não contam para as es­ta­tís­ticas como de­sem­pre­gados (inac­tivos, des­mo­ti­vados, su­bem­prego vi­sível).

Daí não ser de es­tra­nhar que a po­breza entre os de­sem­pre­gados ti­vesse atin­gido em 2013 os 40,5 por cento, como sa­li­entou Jorge Ma­chado.

Nada que pelos vistos in­co­mode as ban­cadas da mai­oria face à sua re­cusa em aceitar as me­didas pro­postas sob a ale­gação fa­la­ciosa de que a «ca­pa­ci­dade fi­nan­ceira do País não as su­porta» (Artur Rêgo, CDS-PP), e de que o «Go­verno já fez muito» neste ca­pí­tulo, como as «po­lí­ticas ac­tivas de em­prego» (Te­resa Costa Santos, PSD).

Na mesma linha, sem tirar nem pôr, se pro­nun­ciou o PS, com An­tónio Car­doso a clas­si­ficar as pro­postas de «ir­re­a­listas» e a dizer que «não se ade­quam à re­a­li­dade eco­nó­mica do País, são in­com­por­tá­veis».

«Fica de­mons­trada a troika na­ci­onal de PS, PSD e CDS, que dizem que não há ca­pa­ci­dade or­ça­mental para acudir aos de­sem­pre­gados, mas que já se adequa, em termos or­ça­men­tais, 445 mi­lhões para dar ao Novo Banco», re­plicou Jorge Ma­chado, vendo nesta po­sição da­queles par­tidos uma clara «opção ide­o­ló­gica, ao lado do pa­tro­nato, para pro­teger aqueles que querem a ex­plo­ração por via da chan­tagem aos tra­ba­lha­dores».

 



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