- Nº 2171 (2015/07/9)

Desemprego que teima

Trabalhadores

O número de trabalhadores desempregados aumentou e o emprego voltou a diminuir – é que revelam os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos à situação do emprego e do desemprego no mês de Maio, afirma a CGTP-IN numa nota. Por mais que o Governo PSD/CDS-PP o tente esconder, estes números mostram que não há qualquer redução do desemprego; desde que o Governo tomou posse, «foram destruídos mais de 300 mil postos de trabalho e mais de 400 mil pessoas foram forçadas a emigrar», sublinha a Intersindical.

De acordo com o INE, em Maio havia 677 mil desempregados – mais 19 mil do que em Abril –, enquanto foram destruídos quase 23 mil postos de trabalho. Para além disso, lê-se na nota, um terço dos jovens trabalhadores encontrava-se desempregado em Maio, ultrapassando a taxa de desemprego jovem verificada nos dois meses anteriores.

A CGTP-IN afirma que, «a estes números, já por si catastróficos, há que somar os muitos milhares de trabalhadores que, estando de facto desempregados, não são considerados como tal pelas estatísticas, quer por estarem abrangidos por qualquer política activa de emprego (178 mil pessoas em Maio), quer por não terem procurado emprego na altura da entrevista (desencorajados), caindo directamente na população inactiva».

Não considerar estes trabalhadores como desempregados «serve apenas para escamotear a real situação do desemprego, que se mantém em níveis insustentáveis e constitui um dos grandes dramas nacionais», diz a Inter, sublinhando que a situação é «agravada pelo facto de dois terços dos desempregados não receberem qualquer prestação social».

Para a CGTP-IN, há causas e responsáveis para a manutenção destes níveis do desemprego: os partidos que implementam políticas de «esmagamento dos rendimentos dos trabalhadores e dos pensionistas em benefício da crescente concentração da riqueza no grande capital». Para aumentar o emprego, reduzir o desemprego e combater a elevada e crescente precariedade dos vínculos laborais – defende a Inter – é necessário uma política que promova o desenvolvimento e o crescimento, indissociável da valorização do trabalho e dos trabalhadores.