Guerra económica
Os EUA estão a implementar uma guerra económica contra os países membros da Organização de Cooperação de Shangai (OCS), da União Económica Euro-asiática e dos BRICS para tentarem manter a sua hegemonia. Quem o afirma é Mahdi Darius Nazemroaya, investigador da universidade de Ontário, em artigo publicado no dia 22 no portal Global Research. Nazemroaya faz notar que a arquitectura financeira mundial está a mudar e que o poder do dólar como principal arma dos EUA está a diminuir drasticamente, uma vez que as organizações acima referidas – dinamizadas pela China e pela Rússia –, bem como o Mercosul estão a substituir o dólar pelas suas moedas nacionais nas respectivas transacções. Ao mesmo tempo, o monopólio do sistema de Bretton Woods de Washington, fundado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Mundial, enfrenta o desafio directo do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS e do Banco Asiático de Infra-estruturas (ABII, na sigla inglesa), criado pela China.
Segundo Nazemroaya, o recente ataque ao mercado de valores da China pode ser considerado uma das medidas dos EUA para tentar contrariar as iniciativas de Pequim e Moscovo para reduzir a influência do dólar, embora o Departamento do Tesouro dos EUA tenha negado qualquer envolvimento no incidente. Para o investigador, a tentativa de provocar o colapso do mercado de valores chinês visava semear o pânico entre os investidores e provocar uma fuga de capitais mediante uma venda em massa de acções.
Na realidade, refere Nazemroaya, o objectivo é abalar a saúde económica da China e interromper e execução de projectos, como o da Nova Rota da Seda, que estão a ser implementados pelos BRICS, a OCS e pela União Económica Euro-asiática. Esta postura de Washington, adverte Nazemroaya, pode levar o mundo a um conflito global.