ALTERNATIVA COM A CDU

«Com a CDU, há soluções para os problemas do País»

A política de direita do Governo agrava diariamente a situação política e social do País. Com o objectivo de salvar e dar continuidade a essa acção política, com maioria absoluta de um ou de outro, PS e PSD/CDS, com um papel cada vez mais preponderante da comunicação social dominante, puxam pela bipolarização; valorizam umas candidaturas e desvalorizam outras; empolam a ideia de que o que vai estar em causa nestas eleições é a escolha do primeiro-ministro; silenciam a CDU e a política alternativa que propõe com soluções para um Portugal com futuro e escamoteiam as questões estruturantes que vão estar em causa nestas eleições.

Entre apelos patéticos à confiança dos portugueses procuram apostar na bipolarização e no rotativismo como forma de garantir o prosseguimento dessa política responsável por trinta e nove anos de exploração, empobrecimento e afundamento do País.

PSD e CDS insistem que com a sua acção os anos negros da austeridade e dos sacrifícios estão a chegar ao fim e a dar lugar a uma nova era de crescimento e bem-estar. Vão tão longe na sua mistificação que chegam a acenar com medidas demagógicas aparentemente positivas como foi o caso recente da aprovação pelo Conselho de Ministros da chamada Estratégia Para o Idoso, que prevê «a repressão de todas as formas de violência, abuso, exploração ou discriminação e a criminalização do abandono de idosos». Mas então não foi o Governo e a política da direita da troika interna (PS, PSD e CDS) e externa (FMI, BCE e UE) que levou ao corte desumano nas reformas e pensões dos mais idosos? Não foi a política desumana e socialmente insensível do Governo (e das troikas) que obrigou a que milhares de idosos vissem partir os seus netos e os seus filhos para as rotas da emigração forçada, ficando, de facto, em situação de maior abandono e isolamento social? Não foi a política de austeridade do Governo (e das troikas) que retirou rendimentos aos idosos ao ponto de muitos não conseguirem sequer aviar as suas receitas nas farmácias ou até ter que optar entre medicamentos e alimentos?

O PS, por sua vez, luta tenazmente pela maioria absoluta. Assenta a sua campanha na ideia de um «tempo de confiança» que consigo há-de chegar. Mas omite que, em todas as questões estruturantes da política de direita não propõe uma única alternativa substancial (assim é com os instrumentos de submissão externa – o Tratado Orçamental, as orientações da União Económica e Monetária, a Governação Económica, o Semestre Europeu, a União Bancária – mas é também com a política de privatizações, com a legislação laboral, com a dívida, com a injusta política fiscal e com o congelamento por quatro anos das reformas e pensões).

Neste contexto, é de valorizar o programa eleitoral que o PCP apresentou recentemente para uma política patriótica e de esquerda. Um programa que exige a ruptura com a política de direita e aponta um caminho de saída para a crise com soluções para o País. Caminho de progresso social voltado para a elevação das condições de vida dos trabalhadores e do povo, para a efectivação dos seus direitos constitucionais e para a defesa e afirmação da soberania e independência nacionais.

É esta crescente convicção e confiança dos trabalhadores e do povo nas soluções da CDU para os problemas do País que se vem reflectindo no bom ambiente que envolve as iniciativas da CDU como aquelas que ocorreram com a participação do Secretário-geral do PCP em Guimarães, Monte Gordo, Silves, Matosinhos e Vila Nova de Gaia. E vai estar certamente de novo presente hoje na Figueira da Foz, amanhã em Ovar, sábado em Vila Franca de Xira, domingo em Tábua e segunda-feira em Almada.

Até ao final desta semana serão entregues nos tribunais as listas da CDU, cujo sorteio terá lugar na próxima terça-feira.

É importante agora preparar cuidadosamente a fiscalização do acto eleitoral e prosseguir com a distribuição da propaganda, nomeadamente o jornal de Verão da CDU, diversos documentos sectoriais e o jornal dos artistas da Festa do Avante!.

Festa do Avante! cuja preparação continua a bom ritmo mas que exige medidas de reforço na divulgação e venda da EP.

Importa também fazer o balanço do primeiro ano da Campanha Nacional de Fundos e continuar a desenvolvê-la, quando estamos a um ano de alargar a Festa ao novo espaço da Quinta do Cabo, fazendo dela uma iniciativa político-cultural e de massas ainda maior.

Merece registo positivo, pelo nível de adesão, a greve dos enfermeiros. Continua, entretanto, a desenvolver-se diversas acções em torno dos problemas dos trabalhadores e das populações à volta de reivindicações concretas, como é o caso, entre outros, das lutas dos trabalhadores em diversas unidades hoteleiras e cantinas, das forças de segurança e SPdH.

Devemos preparar-nos com determinação e confiança para a campanha eleitoral de que a Festa vai ser o grande momento de arranque. A situação que vivemos é verdadeiramente preocupante. Mas há soluções para os problemas do País. Com a força do povo, com a sua luta e o seu voto na CDU é possível um Portugal independente, de progresso social e desenvolvimento soberano.