Num co­mu­ni­cado de dia 8, a Co­missão Con­ce­lhia da Fi­gueira da Foz do PCP la­menta o trá­gico aci­dente em que mor­reram cinco pes­ca­dores ao largo do con­celho, re­al­çando que «mais do que re­latar os acon­te­ci­mentos ou en­trar num “jogo de passar culpas”, in­te­ressa ava­liar as causas pro­fundas desta tra­gédia». E estas re­sidem nas con­di­ções exis­tentes no porto da Fi­gueira da Foz após as obras de pro­lon­ga­mento do molhe Norte, que apenas teve como ob­jec­tivo a me­lhoria as «con­di­ções de atra­cagem dos na­vios mer­cantes, ig­no­rando as di­fi­cul­dades acres­cen­tadas aos barcos mais pe­quenos». A Co­missão Con­ce­lhia do PCP su­blinha que a tra­gédia deixou clara a fra­gi­li­dade do «sis­tema de so­corro a náu­fragos» e quanto ele foi atin­gido pela po­lí­tica de cortes cegos», que minou a sua ca­pa­ci­dade. Va­lo­ri­zando a «co­ragem in­di­vi­dual do agente Carlos Santos», o PCP re­jeita que a mesma sirva de en­co­bri­mento da «falha ge­ne­ra­li­zada na res­posta a uma si­tu­ação de emer­gência no in­te­rior da barra da Fi­gueira da Foz».