Deputado do PCP visita Saara Ocidental

Cumprir as resoluções da ONU

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Mi­guel Vi­egas, o de­pu­tado do PCP no Par­la­mento Eu­ropeu, in­te­grou uma de­le­gação do GUE-NGL, que vi­sitou, nos dias 10 e 11, o Saara Oci­dental, no âm­bito das co­me­mo­ra­ções do dia na­ci­onal.

Du­rante a es­tadia, o de­pu­tado en­con­trou-se com re­pre­sen­tantes do go­verno, do par­la­mento na­ci­onal, do Cres­cente Ver­melho Ar­ge­lino e com res­pon­sá­veis da Agência da ONU para Re­fu­gi­ados.

Es­teve igual­mente reu­nido com or­ga­ni­za­ções de mu­lheres e de ju­ven­tude li­gadas à Frente Po­li­sário e com o res­pon­sável pela força de ma­nu­tenção de paz da ONU.

A de­le­gação teve ainda opor­tu­ni­dade de vi­sitar o muro que se­para o ter­ri­tório li­ber­tado du­rante a guerra entre 1973 e 1991 da parte ocu­pada por Mar­rocos.

Todas as re­so­lu­ções da ONU re­co­nhecem ine­qui­vo­ca­mente o di­reito à au­to­de­ter­mi­nação do povo saá­raui e à cri­ação da pá­tria do Saara Oci­dental. Con­tudo, a con­cre­ti­zação dessa le­gí­tima as­pi­ração tem sido im­pe­dida pelas au­to­ri­dades mar­ro­quinas, que contam com a pas­si­vi­dade com­pla­cente da co­mu­ni­dade in­ter­na­ci­onal.

O Con­gresso da Frente Po­li­sário, mar­cado para De­zembro, e cuja dis­cussão já está em curso nas suas or­ga­ni­za­ções de base, não dei­xará de fazer uma re­flexão pro­funda sobre a si­tu­ação, acer­tando es­tra­té­gias para o fu­turo.

Nos con­tactos re­a­li­zados, so­bres­saiu a ne­ces­si­dade de con­ti­nuar com o pro­cesso de re­sis­tência à ocu­pação, assim como todas as ac­ções po­lí­ticas e di­plo­má­ticas vi­sando res­pon­sa­bi­lizar a União Eu­ro­peia e os países com res­pon­sa­bi­li­dades acres­cidas, como é o caso da Es­panha, po­tência ad­mi­nis­trante à al­tura da des­co­lo­ni­zação.

O PCP, pela voz do de­pu­tado Mi­guel Vi­egas com­pro­meteu-se a con­ti­nuar a luta contra todos os acordos as­si­nados entre a UE e Mar­rocos que in­cidam sobre re­cursos per­ten­centes ao Saara Oci­dental, como são os casos dos acordos sobre pesca e sobre fos­fatos.

A vi­sita foi também oca­sião para de­nun­ciar a pre­o­cu­pante di­mi­nuição das ajudas aos campos de re­fu­gi­ados, si­tu­ação que pa­rece ser mais uma ten­ta­tiva para se­mear a fome e o de­ses­pero e que­brar a re­sis­tência de um povo que apenas exige jus­tiça e res­peito pelo di­reito in­ter­na­ci­onal.

Mi­lhares de jo­vens nas­ceram já dentro dos campos de Tin­douf e ou­tros es­pa­lhados pelo ter­ri­tório. Uma parte deles teve opor­tu­ni­dade de tirar cursos su­pe­ri­ores na Ar­gélia ou em países eu­ro­peus. Estes jo­vens re­clamam o di­reito a um fu­turo e exigem à co­mu­ni­dade in­ter­na­ci­onal que as­suma as suas res­pon­sa­bi­li­dades.




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