Campanha do PCP hoje em todo o País

Esclarecer e mobilizar

Dar a co­nhecer as res­postas aos pro­blemas e as­pi­ra­ções mais ur­gentes dos tra­ba­lha­dores e do povo de­fen­didas pelo Par­tido é o ob­jec­tivo das ac­ções de con­tacto di­recto que hoje se re­a­liza com dis­tri­bui­ções em todo o País.

As pro­fundas al­te­ra­ções di­tadas pelas elei­ções têm de ter con­sequência

A ini­ci­a­tiva que hoje de­corre tem como su­porte um fo­lheto edi­tado pelo PCP, no qual se dá conta do novo quadro po­lí­tico e ins­ti­tu­ci­onal de­cor­rente das le­gis­la­tivas de 4 de Ou­tubro, se afirma a luta por uma pro­funda al­te­ração po­lí­tica e se expõe as pro­postas ime­di­atas e ob­jec­tivos que lhe têm de estar sub­ja­centes.

No do­cu­mento, o Par­tido re­corda que PSD e CDS so­freram uma pe­sada der­rota nas úl­timas elei­ções para a As­sem­bleia da Re­pú­blica (AR) e que «a cam­panha de men­tiras e in­ti­mi­dação a que as­sis­timos, ins­ti­gada pelo Pre­si­dente da Re­pú­blica (PR)», não con­segue es­conder tal facto, o qual, para mais, é «in­se­pa­rável da luta dos tra­ba­lha­dores e do povo».

«PSD e CDS estão con­de­nados a ver der­ro­tada no dia 10 de No­vembro a am­bição de pros­se­guir a sua po­lí­tica de saque do povo e do País», in­siste ainda o PCP, que, acu­sando «o “go­verno” a que Ca­vaco Silva deu posse» e o PR de es­tarem «ao ser­viço do ca­pital trans­na­ci­onal, dos es­pe­cu­la­dores e dos in­te­resses da União Eu­ro­peia», sa­li­enta que a der­rota de PSD e CDS de­verá ter cor­res­pon­dência através da re­jeição do seu pro­grama. Aliás, «como o PCP afirmou desde a pri­meira hora», lê-se.

Me­lhores con­di­ções
para lutar e vencer

«O pro­gresso elei­toral da CDU – maior per­cen­tagem, mais votos e mais de­pu­tados – criou me­lhores con­di­ções para a luta por uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, para a de­fesa dos tra­ba­lha­dores e do povo, para a afir­mação de um País so­be­rano e in­de­pen­dente», re­alça também o Par­tido. Acresce, que «as pro­fundas al­te­ra­ções di­tadas pelas elei­ções têm de ter con­sequência, no plano po­lí­tico e ins­ti­tu­ci­onal», con­si­dera o Par­tido, para quem «a com­po­sição da AR com­porta uma opor­tu­ni­dade para uma nova po­lí­tica em con­for­mi­dade com a Cons­ti­tuição e cons­titui base su­fi­ci­ente para a pos­si­bi­li­dade de novas so­lu­ções de go­verno».

«É neste quadro que o PCP está a tra­ba­lhar e a in­tervir e a dis­cutir com o PS, para as­se­gurar as res­postas e so­lu­ções (ver caixas) que dêem ex­pressão à as­pi­ração dos tra­ba­lha­dores e do povo», es­cla­rece-se, antes de se rei­terar que «os de­pu­tados do PCP con­tarão sempre para apoiar tudo o que for po­si­tivo para os tra­ba­lha­dores, o povo e o País», como «con­tarão sempre para se opor a tudo o que atinja os seus in­te­resses».

  

So­lu­ções e pro­postas

«A si­tu­ação dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País exigem me­didas que, não po­dendo ser iso­ladas de eixos e po­lí­ticas de fundo, têm obri­ga­to­ri­a­mente de dar res­posta ur­gente a mi­lhões de por­tu­gueses», su­blinha o PCP. Neste con­texto en­qua­dram-se as so­lu­ções e pro­postas ime­di­atas:

  • Va­lo­ri­zação dos sa­lá­rios, pen­sões e re­formas com de­vo­lução do que foi rou­bado;

  • Au­mento do SMN para 600 euros em 2016;

  • De­fesa da con­tra­tação co­lec­tiva e re­po­sição dos di­reitos in­di­vi­duais e co­lec­tivos re­ti­rados nas su­ces­sivas re­vi­sões do Có­digo do Tra­balho;

  • Com­bate à pre­ca­ri­e­dade e acesso à Saúde e Edu­cação;

  • Uma po­lí­tica fiscal que re­duza os im­postos sobre os tra­ba­lha­dores e o povo e tri­bute for­te­mente os lu­cros e di­vi­dendos do grande ca­pital;

  • Fi­nan­ci­a­mento da Se­gu­rança So­cial;

  • Re­po­sição da pro­tecção e dos apoios so­ciais per­didos em 2010;

  • Re­versão das pri­va­ti­za­ções, de­sig­na­da­mente dos trans­portes.

    O PCP con­si­dera também que «pro­mover o cres­ci­mento eco­nó­mico, o em­prego e a pro­dução na­ci­onal, ga­rantir as fun­ções so­ciais do Es­tado e os ser­viços pú­blicos e afirmar a so­be­rania são ob­jec­tivos fun­da­men­tais de uma po­lí­tica que se pro­ponha in­verter o rumo de de­clínio eco­nó­mico e de re­tro­cesso so­cial», e frisa que estes são «in­se­pa­rá­veis de op­ções es­sen­ciais, como a re­cu­pe­ração do con­trolo pú­blico de sec­tores es­tra­té­gicos ou a re­ne­go­ci­ação da dí­vida – con­di­ções in­dis­pen­sá­veis ao de­sen­vol­vi­mento do País –, a res­posta a ou­tros cons­tran­gi­mentos ex­ternos».

 

Cum­prir

O Par­tido apre­sentou já no Par­la­mento pro­jectos de lei vi­sando:

  • A re­po­sição das 35 horas se­ma­nais como pe­ríodo normal de tra­balho na função pú­blica, dos com­ple­mentos de pensão nas em­presas do sector em­pre­sa­rial do Es­tado e dos fe­ri­ados na­ci­o­nais que foram re­ti­rados;

  • A re­vo­gação das al­te­ra­ções in­tro­du­zidas e ex­clusão da ili­ci­tude nos casos de IVG.

 



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