Grande apoio a Edgar Silva
na Península de Setúbal

Proximidade com o País real

A forte di­nâ­mica que ca­rac­te­riza a cam­panha da can­di­da­tura de Edgar Silva no ter­reno, há já dois meses, viu-se con­fir­mada no sá­bado, 19, nas di­versas ini­ci­a­tivas le­vadas a cabo no dis­trito de Se­túbal. Na pri­meira delas, no Bar­reiro, o can­di­dato co­mu­nista, ro­deado por pa­la­vras e ex­pres­sões de con­fi­ança, in­cen­tivo e ca­rinho, ca­rac­te­rizou «a nossa cam­panha» como «exi­gente, mi­li­tante e de grande ge­ne­ro­si­dade no con­tacto e na iden­ti­fi­cação dos pro­blemas e dos an­seios dos muitos ho­mens e mu­lheres que têm fome e sede de jus­tiça».

Esta can­di­da­tura pri­vi­legia o con­tacto com o País e os seus pro­blemas

Acom­pa­nhado por He­loísa Apo­lónia, di­ri­gente do Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes» e de­pu­tada eleita nas listas da CDU pelo cír­culo de Se­túbal, e por vá­rias de­zenas de ac­ti­vistas, o can­di­dato à Pre­si­dência da Re­pú­blica apoiado pelo PCP, Edgar Silva, par­ti­cipou, no sá­bado de manhã, numa acção de con­tacto di­recto com as po­pu­la­ções e co­mer­ci­antes nas ruas do Bar­reiro. Do Fórum ao Mer­cado, a co­mi­tiva fez pa­ra­gens cons­tantes, obri­gada que foi a isso pelos tran­seuntes, por pe­quenas con­versas, por curtas sau­da­ções plenas de força. 
Nal­guns pontos do per­curso, Edgar Silva di­rigiu-se às pes­soas nos cafés e es­pla­nadas, para as cum­pri­mentar e falar da cam­panha que tem em curso, re­ce­bendo, quase sempre, ex­pres­sões de um re­co­nhe­ci­mento ime­diato e muito apoio. À en­trada de um café, uma em­pre­gada, ata­re­fada com a grande afluência de cli­en­tela, ma­ni­festou certa an­si­e­dade porque talvez não con­se­guisse cum­pri­mentar «o» can­di­dato; mas con­se­guiu.
No final, mais de uma cen­tena de pes­soas juntou-se à es­quina do mer­cado para ouvir a in­ter­venção do can­di­dato «que dá voz aos que não a têm», que foi pre­ce­dida e se­guida pela de Sofia Mar­tins, man­da­tária con­ce­lhia e vice-pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal do Bar­reiro. Na alo­cução, breve, Edgar Silva re­feriu-se ao facto de a sua can­di­da­tura ter per­cor­rido o País de lés a lés, ter dado a volta a Por­tugal, sem se de­parar, até agora, com uma ini­ci­a­tiva de outra can­di­da­tura, o que o levou a ques­ti­onar-se: «serão elas apenas um bo­neco para a TV, um evento de salão, can­di­da­turas de al­ca­tifa e sofá, das redes so­ciais?»
Não po­dendo res­ponder pelos ou­tros, afirmou que não deixa de ser es­tranho o facto de, nesta cam­panha, só a can­di­da­tura apoiada pelo PCP estar no ter­reno, no con­tacto com a re­a­li­dade dos ho­mens e das mu­lheres deste País, com o povo e com os tra­ba­lha­dores.
Na mesma linha, disse que, quando se tem em conta aquilo que a co­mu­ni­cação so­cial trans­mite, «até pa­rece que há para aí uma grande onda, uma di­nâ­mica, um mo­vi­mento so­cial de apoio a ou­tras can­di­da­turas» – su­bli­nhando que, no de­sen­vol­vi­mento da cam­panha, «elas são em boa parte vir­tuais». Ao invés, a can­di­da­tura de Edgar Silva possui, como um dos seus ele­mentos dis­tin­tivos, o con­tacto de pro­xi­mi­dade» com o País real.

Fase de­ci­siva

A pouco mais de um mês das elei­ções pre­si­den­ciais, o can­di­dato co­mu­nista afirmou que «en­tramos numa nova fase do nosso tra­balho, que é a da mo­bi­li­zação para o voto», e que «temos uma grande ta­refa pela frente, que é a de trazer muitos ou­tros ho­mens e mu­lheres para esta nossa ba­talha, por Abril, por um novo rumo para Por­tugal».
Neste sen­tido, exortou os pre­sentes a par­ti­ci­parem ac­ti­va­mente «nesta ba­talha», lem­brando que a di­reita, der­ro­tada, quer que estas elei­ções fun­ci­onem como um «ajuste de contas», para re­tomar as po­lí­ticas de em­po­bre­ci­mento e de ex­plo­ração que impôs a Por­tugal, e que tanta des­graça e des­truição trou­xeram ao País. Mesmo a con­cluir, Edgar Silva su­bli­nhou que «está nas nossas mãos im­pedir que a di­reita re­gresse ao poder, através da Pre­si­dência da Re­pú­blica» e apelou à mo­bi­li­zação de todos para que Abril triunfe a 24 de Ja­neiro.

De­bate es­cla­re­cedor

Em Se­túbal, as mais de cem pes­soas reu­nidas no Au­di­tório do Mer­cado do Li­vra­mento ti­veram opor­tu­ni­dade de as­sistir às in­ter­ven­ções do man­da­tário con­ce­lhio, Nuno Costa, e de Edgar Silva. Al­gumas delas par­ti­ci­param, de forma ac­tiva, na in­tensa sessão de de­bate que se se­guiu.
Em res­posta aos dois turnos de in­ter­ven­ções, o can­di­dato apoiado pelo PCP su­bli­nhou a «ta­refa mi­li­tante» de cada homem e de cada mu­lher no des­montar da «cam­panha da co­mu­ni­cação so­cial». Sobre as marcas dis­tin­tivas de uma can­di­da­tura que é «de­sa­ver­go­nha­da­mente de es­querda», des­tacou a questão do cum­pri­mento da Cons­ti­tuição da Re­pú­blica (CR) e deu vá­rios exem­plos de di­reitos nela con­sa­grados que não são res­pei­tados, como se a CR fosse um ele­mento de­co­ra­tivo. A este res­peito disse: «A de­fesa destes va­lores dis­tingue-nos, é a nossa marca dis­tin­tiva.»
Sobre os «com­pro­missos eco­lo­gistas da can­di­da­tura», o can­di­dato pre­si­den­cial re­cordou três grandes ques­tões plas­madas na sua De­cla­ração de Can­di­da­tura: aco­lher o grito dos po­bres, atender ao clamor dos tra­ba­lha­dores, ouvir o clamor da Terra. Afirmou, na sequência, que «as fe­ridas pro­fundas nesta casa comum onde vi­vemos» não se dis­so­ciam do mo­delo ca­pi­ta­lista de in­ten­si­fi­cação da ex­plo­ração; «a ló­gica da ex­plo­ração do outro re­flecte-se na ex­plo­ração da na­tu­reza», disse, acres­cen­tando que é ne­ces­sário um novo mo­delo de de­sen­vol­vi­mento que sal­va­guarde a nossa re­lação com a na­tu­reza.
A pro­pó­sito da grande de­si­gual­dade na dis­tri­buição do ren­di­mento exis­tente em Por­tugal, Edgar Silva afirmou que não es­tamos con­de­nados a «esta si­tu­ação ver­go­nhosa» de um País onde um terço da po­pu­lação vive na po­breza, des­ta­cando que «não foi para isto que se fez Abril».

O voto é do povo!

Na Ata­laia (Mon­tijo), cerca de 150 pes­soas par­ti­ci­param, de forma en­tu­si­asta, num al­moço de apoio à can­di­da­tura de Edgar Silva à Pre­si­dência da Re­pú­blica. No final do re­pasto, os apoi­antes ti­veram opor­tu­ni­dade de ouvir as in­ter­ven­ções da man­da­tária con­ce­lhia, Maria Ta­pa­di­nhas, e do can­di­dato co­mu­nista, que não foi pou­pado nas pa­la­vras di­ri­gidas à di­reita – der­ro­tada, com uma azia muito grande e que vê nas elei­ções de 24 de Ja­neiro a «hora da des­forra», a «pos­si­bi­li­dade de re­cu­perar par­celas de poder per­didas» – nem ao seu can­di­dato pre­si­den­cial, Mar­celo Re­belo de Sousa, que «anda a deitar os fo­guetes antes da festa», mas que pode vir a ter de as apa­nhar. «O País – disse – não pre­cisa na Pre­si­dência da Re­pú­blica de al­guém que re­pre­sente a po­lí­tica do an­ti­ga­mente» e, como em de­mo­cracia nada está pré-de­ter­mi­nado, «não há-de ser uma ou três TV a de­cidir quem é o novo Pre­si­dente da Re­pú­blica: o voto é do povo!».

No fim do dia, re­a­lizou-se em Se­simbra um jantar-de­bate com a par­ti­ci­pação de uma cen­tena de apoi­antes, du­rante o qual teve lugar a apre­sen­tação da man­da­tária con­ce­lhia, Odete Graça, e no qual o can­di­dato apoiado pelo PCP voltou a não poupar crí­ticas a Mar­celo Re­belo de Sousa, can­di­dato da di­reita que a co­mu­ni­cação so­cial faz passar «como in­de­pen­dente, como po­lí­tica e so­ci­al­mente im­par­cial». Edgar Silva disse que o can­di­dato Mar­celo está in­des­men­ti­vel­mente li­gado a Passos e Portas, e per­guntou: «De­pois de toda a ex­plo­ração e em­po­bre­ci­mento im­postos ao País, que tra­ba­lhador cons­ci­ente que­reria ter o seu voto as­so­ciado a Passos Co­elho e Paulo Portas?» Afir­mando que a sua «can­di­da­tura é des­pu­do­ra­da­mente de es­querda» e re­a­fir­mando o seu com­pro­misso com a de­fesa dos va­lores de Abril e o cum­pri­mento da CR, Edgar Silva des­tacou o facto de nem Maria de Belém, nem Sam­paio da Nóvoa po­derem dizer o mesmo.




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Eleições com importância acrescida

Mais de 500 pes­soas apoi­aram a can­di­da­tura de Edgar Silva no jantar-co­mício que teve lugar, dia 15, na Ri­beira Brava (Ma­deira). No dia se­guinte, o can­di­dato pre­si­den­cial vi­sitou a Bi­bli­o­teca Na­ci­onal, em Lisboa, e par­ti­cipou num co­mício no Cacém.

A mobilização de todos <br/>é fundamental!

De­pois do pé­riplo de dia 17 por vá­rios con­ce­lhos do dis­trito de Viseu, no sá­bado Edgar Silva per­correu o dis­trito de Aveiro. Em ambos os casos, a can­di­da­tura pri­vi­le­giou o con­tacto di­recto com as po­pu­la­ções.

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