Clamor popular vertido em diploma do PCP

Construa-se o IC 35!

É ur­gente a cons­trução in­te­gral do IC 35. Para esse ob­jec­tivo aponta o pro­jecto de re­so­lução do PCP apro­vado na AR, dia 11, com os votos fa­vo­rá­veis de todas as ban­cadas à ex­cepção do PSD e CDS, que vo­taram contra. Esta é uma ini­ci­a­tiva que vai ao en­contro das as­pi­ra­ções e ne­ces­si­dades das po­pu­la­ções de vá­rios con­ce­lhos dos dis­tritos do Porto e de Aveiro, no­me­a­da­mente na re­gião do Vale do Sousa e do Baixo Tâ­mega e no con­celho de Cas­telo de Paiva.

«A cons­trução in­te­gral do IC 35 tem que sair do papel e ser efec­ti­va­mente con­cre­ti­zada», exigiu a de­pu­tada co­mu­nista Diana Fer­reira, tra­du­zindo se­gu­ra­mente aquela que é também a von­tade dos mais de dez mil ci­da­dãos que subs­cre­veram a pe­tição com igual ob­jec­tivo que es­teve con­jun­ta­mente em de­bate com o di­ploma co­mu­nista.

Trata-se de con­cre­tizar uma in­fra­es­tru­tura pela qual o PCP tem ba­ta­lhado e que é con­si­de­rada im­pres­cin­dível não apenas pela res­posta que dará às ne­ces­si­dades de mo­bi­li­dade das suas po­pu­la­ções mas também como factor su­pe­rador de «atrasos es­tru­tu­rais» e po­ten­ci­ador do de­sen­vol­vi­mento da­quelas re­giões.

Este é uma re­gião das mais po­bres da União Eu­ro­peia, «com uma re­a­li­dade eco­nó­mica e so­cial mar­cada pelo de­sem­prego e pela po­breza», lem­brou Diana Fer­reira, não du­vi­dando por isso do «im­pacto sig­ni­fi­ca­tivo» que terá a cons­trução desta in­fra­es­tru­tura viária para o «de­sen­vol­vi­mento da eco­nomia local», com a cri­ação de «mais e me­lhores aces­si­bi­li­dades, maior fa­ci­li­dade de es­co­a­mento de pro­dutos, assim aju­dando às ac­ti­vi­dades pro­du­tivas exis­tentes» e ao sur­gi­mento de novas.

A de­pu­tada do PCP re­alçou ainda o facto de a cons­trução do IC 35 re­pre­sentar uma al­ter­na­tiva à EN 106, via «al­ta­mente con­ges­ti­o­nada, com trân­sito mo­to­ri­zado local e de médio curso, agrí­cola e pe­donal, num per­curso si­nuoso e sem ve­dação, com fracas con­di­ções de cir­cu­lação e de grande si­nis­tra­li­dade».

Ra­zões de sobra, pois, para que fi­nal­mente se cumpra os com­pro­missos as­su­midos pelos go­vernos – mas sempre adi­ados – após a tra­gédia da queda da ponte em Entre-os-Rios, a 4 de Março de 2001.




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