Tropas dos EUA expulsas da Líbia
Um grupo de soldados das forças especiais norte-americanas foram obrigados a abandonar a Líbia. O contingente terá aterrado a 14 de Dezembro na base aérea de Watiyah com o acordo dos responsáveis líbios e com o objectivo de proporcionar aconselhamento militar ao Exército Nacional Líbio, explicou o Pentágono, que adiantou, ainda, que quando membros de uma milícia local exigiram a sua partida, os soldados «partiram sem incidentes» para «evitar conflito».
O caso foi desencadeado após a divulgação de uma foto dos militares norte-americanos, vestidos à civil, na página oficial da Força Aérea Líbia. A discrição das autoridades locais, porém, é que chegaram em estado de prontidão de combate, o que, a ser verdade, indica que terão sido forçados a largar as armas e equipamento antes de ser captada a referida imagem. Ou seja, ainda que não tenha havido conflito, os militares não terão partido «sem incidentes», como sustenta a tutela da defesa dos EUA. Foram, antes, expulsos do País.
Para além de ter de prestar esclarecimentos sobre o acontecimento de contornos embaraçosos, Washington teve de admitir que não foi a primeira vez que tropas dos EUA vão em missão para a Líbia, mas escusou-se a adiantar se a presença norte-americana se tem intensificado depois de o autodenominado Estado Islâmico ter supostamente tomado o controlo de Sirte, em Junho, ameaçando avançar para importantes portos petrolíferos.
Dia 17de Dezembro, deputados e políticos líbios subscreveram, em Marrocos, um acordo para a criação de um governo de unidade nacional, mas nenhum dos dois parlamentos que reclama legitimidade – o de Tripoli e o de Tobrouk, ambos formados na sequência da disputa entre grupos, forças políticas e brigadas de combate jihadistas que participaram no derrube de Muamar Kadhafi – aprovou o documento nem dá sinais de o vir a fazer.