Resultados que dão ânimo

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«A Te­le­per­for­mance Por­tugal anun­ciou que vai repor o valor total do prémio de as­si­dui­dade, de­pois de o ter re­ti­rado ile­gal­mente, como me­dida de re­ta­li­ação ao au­mento, ainda que re­du­zido, do sa­lário mí­nimo na­ci­onal», con­gra­tulou-se an­te­ontem o Sin­di­cato do Co­mércio, Es­cri­tó­rios e Ser­viços (CESP/​CGTP-IN), con­si­de­rando tratar-se de uma vi­tória, a com­provar que «vale a pena não baixar os braços».
Na folha sin­dical di­vul­gada esta terça-feira aos tra­ba­lha­dores da fi­lial do líder mun­dial de call-cen­ters, as­si­nala-se que o recuo pa­tronal «não está des­li­gado da de­núncia, feita pelo CESP, das mo­vi­men­ta­ções as­su­midas por al­guns tra­ba­lha­dores e da pers­pec­tiva da sua or­ga­ni­zação para a de­fesa do que é seu». A em­presa «não mudou nem de ob­jec­tivos nem de opi­nião, apenas re­cuou porque a isso se viu obri­gada, e isso é um en­si­na­mento para os tra­ba­lha­dores», sa­li­enta o sin­di­cato.
Aquele sub­sídio, tal como antes deste epi­sódio, «não é pago a todos os tra­ba­lha­dores e é usado dis­cri­mi­na­to­ri­a­mente». Mas «este passo dado em frente pelos tra­ba­lha­dores já deu re­sul­tado, ainda que muito in­su­fi­ci­ente», e «de­monstra bem a força que temos quando não bai­xamos os braços».
O CESP in­siste nas rei­vin­di­ca­ções de au­mento dos sa­lá­rios (con­tes­tando que a Te­le­per­for­mance, líder mun­dial do seu sector e com lu­cros mi­li­o­ná­rios, pague o sa­lário mí­nimo na­ci­onal), fim da dis­cri­mi­nação, fim da pre­ca­ri­e­dade (em es­pe­cial, o re­curso ilegal a tra­balho tem­po­rário para fun­ções que são per­ma­nentes) e fim dos des­pe­di­mentos ile­gais (ale­gando a em­presa que ter­mina um con­trato com um cli­ente, mesmo que surjam novos cli­entes).

Foram já re­gu­la­ri­zados os pa­ga­mentos de sa­lá­rios aos pro­fes­sores na es­ma­ga­dora mai­oria das es­colas de en­sino ar­tís­tico es­pe­ci­a­li­zado, mas per­sistem casos em que não foi pago ou apenas foi paga parte da dí­vida aos do­centes. Ao dar nota do avanço na re­so­lução deste pro­blema, criado e agra­vado pelo go­verno PSD/​CDS, a Fe­de­ração Na­ci­onal dos Pro­fes­sores con­cre­tizou que falta pôr em dia os pa­ga­mentos nas es­colas de dança de Se­túbal e de Tomar e nas es­colas de mú­sica de Ourém, Tomar, Beja, Évora, Mon­saraz e Por­ta­legre, por mo­tivos di­versos que também são iden­ti­fi­cados na nota emi­tida do­mingo, dia 10.
A Fen­prof de­cidiu manter du­rante mais uma se­mana, até dia 18, a greve a que «muitos do­centes com sa­lário em atraso têm ade­rido». Para os es­ta­be­le­ci­mentos de en­sino com sa­lá­rios ainda em atraso, vi­goram novos pré-avisos de greve.

A As­so­ci­ação Sin­dical dos Pro­fis­si­o­nais de Po­lícia cons­tatou «de bom grado» que a ta­bela re­mu­ne­ra­tória foi ac­tu­a­li­zada, no «portal so­cial» da PSP. Numa nota di­fun­dida no dia 10, a ASPP/​PSP sa­li­entou «o facto de, pau­la­ti­na­mente, al­gumas ma­té­rias do Es­ta­tuto Pro­fis­si­onal es­tarem a ser pre­pa­radas para im­ple­mentar», como efeito da acção do sin­di­cato e «re­sul­tado do es­forço junto de vá­rias en­ti­dades». Es­tará, assim, prestes a ser cor­ri­gida a «in­jus­tiça» que se ar­ras­tava na ca­te­goria de chefes, com a apli­cação de normas de tran­sição, como a ASPP rei­vin­di­cara junto da Di­recção Na­ci­onal da­quela força po­li­cial, em Se­tembro, e junto da nova mi­nistra da Ad­mi­nis­tração In­terna, a 22 de De­zembro.

 



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