OEA não é bem-vinda no Haiti

O grupo de can­di­datos que con­testam os re­sul­tados da pri­meira volta das pre­si­den­ciais no Haiti, au­to­de­no­mi­nado de G8, con­si­dera uma in­ge­rência a pre­sença no país de uma missão da Or­ga­ni­zação de Es­tados Ame­ri­canos (OEA). De hoje até do­mingo, o povo foi con­vo­cado pela es­tru­tura a per­ma­necer nas ruas em de­fesa da ins­ta­lação de um ga­bi­nete de tran­sição, cons­ti­tuído por ma­gis­trados, com com­pe­tência para re­a­lizar elei­ções ge­rais no mais curto es­paço de tempo pos­sível.
A cha­mada da OEA pelo ac­tual pre­si­dente Mi­chel Mar­telly, cujo man­dato ter­mina a 7 de Fe­ve­reiro, re­a­cendeu os pro­testos no Haiti. A che­gada da or­ga­ni­zação foi acom­pa­nhada por ma­ni­fes­ta­ções du­rante o pas­sado fim-de-se­mana na ca­pital, Porto Prín­cipe, com mi­lhares de hai­ti­anos a fa­zerem suas as crí­ticas do G8, para quem «a OEA não é bem-vinda».
O grupo re­cusou-se mesmo a reunir com a de­le­gação que propõe que seja o go­verno hai­tiano a pro­mover a se­gunda volta do su­frágio para a pre­si­dência da Re­pú­blica. Rei­terou, também, que nem o exe­cu­tivo nem a co­missão elei­toral em fun­ções reúnem con­di­ções para ga­rantir um su­frágio trans­pa­rente.
A crise po­lí­tica no Haiti foi de­sen­ca­deada quando a opo­sição (entre a qual está uma parte do par­tido do ac­tual pre­si­dente) acusou Mar­telley e a facção po­lí­tica li­gada ao poder de fraude elei­toral. As re­cla­ma­ções foram feitas logo na sequência das le­gis­la­tivas e mu­ni­ci­pais, ocor­ridas a 9 de Agosto de 2015, mas ga­nharam força ma­te­rial tra­du­zindo-se em mo­vi­men­ta­ções de massas quando se­me­lhantes de­nún­cias foram feitas a res­peito das pre­si­den­ciais de 25 de Ou­tubro, cuja se­gunda volta foi já adiada por duas vezes: a 27 de De­zembro de 2015, e a 24 de Ja­neiro úl­timo.
O G8 exige, ainda, que os res­pon­sá­veis pela fraude elei­toral sejam le­vados à Jus­tiça.



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