NATO
O alargamento aos Balcãs e à Europa de Leste pretendido pela Aliança Atlântica está a registar um novo impulso. Na segunda-feira, 15, o bloco político-militar imperialista confirmou o início de conversações bilaterais para que a República do Montenegro se torne o seu 29.º Estado membro, processo que poderá estar concluído a meio do próximo ano.
O arranque das negociações com o país que se separou da Sérvia em 2006 coincidem com a turbulência política no território. O primeiro-ministro Milo Djukanovic, no poder há 25 anos, acusa os que o contestam de representarem uma «conspiração anti-NATO».
A Federação Russa considera a expansão da Aliança Atlântica uma ameaça à sua segurança e advertiu, em Dezembro do ano passado, aquando do convite formal da NATO ao governo montenegrino, que a opção terá consequências.
O último alargamento da NATO foi precisamente nos Balcãs, com a adesão da Croácia e da Albânia.
No início deste mês, também o presidente da Geórgia, Gueorgui Margvelashvili, reiterou a pretensão da antiga república soviética em aderir à NATO. O «objectivo estratégico», como o qualifica Margvelashvili, merece a oposição de Moscovo, que vê nele mais uma manobra de cerco da NATO à Rússia.
Entretanto, em Bruxelas, ontem e hoje, realizou-se mais uma cimeira ordinária o eixo euro-norte-americano. Na reunião previa-se dar conta, entre outras matérias, da intensificação do destacamento de forças aéreas, terrestres e marítimas, bem como da consolidação de infra-estruturas da NATO em oito países do Leste da Europa. Simultaneamente, estava na agenda discutir a instalação do chamado escudo anti-míssil na Europa, o qual avança «a todo o vapor», segundo palavras de fonte da Aliança Atlântica, e poderá entrar em funcionamento já no próximo mês de Julho.