Ri­cardo Lume, de­pu­tado do PCP na As­sem­bleia Le­gis­la­tiva da Re­gião Au­tó­noma da Ma­deira, vi­sitou, no dia 16, a Fre­guesia do Monte, no âm­bito de um con­junto de ini­ci­a­tivas re­a­li­zadas para de­nun­ciar as obras «de­sas­trosas» e «des­ne­ces­sá­rias» de­pois do tem­poral de 20 de Fe­ve­reiro de 2010.

Na­quela fre­guesia, o eleito co­mu­nista deu conta de que uma linha de água foi cor­tada, sem que se acau­te­lasse uma al­ter­na­tiva, de modo a não atra­vessar os es­ta­leiros de uma em­presa de cons­trução civil. No mesmo local, após o tem­poral, foi cons­truída uma ca­na­li­zação que re­sulta num afu­ni­la­mento da água.

«Esta é uma si­tu­ação de enorme risco para a po­pu­lação do Monte, uma vez que os pe­rigos per­sistem apesar dos in­ves­ti­mentos feitos ao abrigo da Lei de Meios», de­nun­ciou.

Aos jor­na­listas, Ri­cardo Lume lem­brou ainda que o ve­re­ador do PCP na Câ­mara do Fun­chal apre­sentou uma pro­posta, apro­vada por una­ni­mi­dade, para isentar de pa­ga­mento de IMI as pes­soas que têm casas em zonas de risco e que, por isso, não podem ser ha­bi­tadas.

No dia 20, na inau­gu­ração de uma ex­po­sição fo­to­grá­fica sobre o tem­poral, na Fre­guesia de São Roque, Ri­cardo Lume alertou para o facto de exis­tirem ainda 32 fa­mí­lias re­a­lo­jadas pro­vi­so­ri­a­mente e mais de 50 pre­ci­sarem de apoio para re­cu­perar as ha­bi­ta­ções, para além de haver zonas que con­ti­nuam com «grandes po­ten­ci­a­li­dades de riscos».