Fukushima mata até os robots

A destruição dos reactores da central nuclear de energia Tepco em Fukushima (Japão), a 11 de Março de 2011, em consequência de um tsunami, provocou a morte de pelo menos 19 000 pessoas e desalojou outras 160 000. Cinco anos depois da tragédia, os níveis de radiação permanecem tão elevados que os robots usados para a limpeza do local «morrem» antes de concluir as tarefas para que estão programados.
Segundo informa a agência Reuters, a Tepco estima que cumpriu apenas 10 por cento dos trabalhos de limpeza, apesar de ter em permanência no local cerca de oito mil trabalhadores e vários robots especiais para procurar debaixo de água as barras de combustível nuclear derretidas e que ninguém sabe onde estão. Cabe às máquinas aceder às partes da central onde a radiação é letal, mas quando se aproximam dos reactores a «radiação destrói-lhes os cabos e inutiliza-os», afirma Naohiro Masuda, o responsável da Tepco que supervisiona o processo de descontaminação.
Cada robot demora dois anos a ser construído. Sem encontrar o combustível nuclear, é impossível calcular quanto tempo a empresa levará para concluir a limpeza, mas admite-se que tal possa levar entre 30 a 40 anos.
Quando ainda se desconhece quantas pessoas foram afectadas pela radiação, o governo nipónico pretende obrigar os desalojados a regressar à região – exceptuando a zona de exclusão de 20 Km em redor da empresa – e deixar de lhes prestar ajuda a partir de Abril de 2017.

 



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