Têm vínculos precários mais de 53 mil docentes, muitos deles em flagrante situação ilegal, denunciou a Fenprof, em conferência de imprensa, dia 28. A federação salientou que este problema grave «afecta docentes, escolas e qualidade do ensino» e para ele «urge um combate decidido», citando «a fórmula que consta da lista de medidas acordadas entre o partido do Governo e os que viabilizaram a actual solução governativa».
Depois de recordar «a situação gravíssima que se vive na Educação, após quatro anos de destruição de postos de trabalho e de direitos laborais e sociais», a Fenprof encarou «com satisfação a inscrição daquela prioridade no programa do Governo, não tendo sido alheio a esse facto a posição assumida pelos partidos que lhe dão apoio parlamentar, como se confirmou pelas posições conjuntas que divulgaram». A federação decidiu realizar um levantamento das situações de precariedade que afectam os docentes, e divulgar os dados que obtiver, para «consciencializar a opinião pública para a gravidade do problema e a necessidade de ser resolvido». A Fenprof, que apelou à participação na manifestação de hoje, divulgou dez propostas concretas, dirigidas ao governo, grupos parlamentares, autarquias e entidades empregadoras privadas, propondo-se estabelecer calendários com vista à sua negociação.