Da casa-mãe, na Alemanha, vieram instruções para travar uma resposta favorável ao aumento dos salários dos trabalhadores da Preh Portugal, na Trofa, denunciou na terça-feira, dia 19, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte, que convocou para ontem três plenários, de forma a abranger o pessoal dos diferentes horários, para decidir uma resposta de luta.
Num comunicado aos trabalhadores, o SITE Norte informou que a gerência da filial portuguesa, «depois de afirmar aos representantes dos trabalhadores que estava a “trabalhar para dar um bom aumento salarial”» este ano, acabou por, numa reunião que teve segunda-feira com a CT, comunicar que o Grupo Preh inviabilizou tal possibilidade, «não indo além do miserável aumento de 1,3 por cento, equiparado à inflação previsível para 2016».
A informação torna-se ainda mais grave, comenta o sindicato da Fiequimetal/CGTP-IN, porque a administração da multinacional alemã «faz suportar tal despropósito no facto de entender que “os trabalhadores da unidade portuguesa têm custos mais elevados que os trabalhadores alemães”». Além do mais, «os lucros que a unidade portuguesa tem vindo a alcançar, numa linha ascensional», levam o sindicato a prever que nas contas de 2015, ainda por divulgar, esses resultados «serão repetidos ou mesmo ultrapassados».