Congressos nas estruturas da CGTP-IN

Reforçados para a luta

O re­forço da or­ga­ni­zação sin­dical, tendo em vista me­lhorar a or­ga­ni­zação dos tra­ba­lha­dores, a in­ter­venção nas di­versas frentes e a luta a partir dos lo­cais de tra­balho é um traço comum aos con­gressos em Aveiro e no Fun­chal.

Ana­lisa-se a ac­ti­vi­dade e os re­sul­tados, de­fine-se li­nhas de acção fu­tura

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Com cerca de du­zentos de­le­gados, em re­pre­sen­tação de 16 sin­di­catos, re­a­lizou-se no dia 25 de Maio, sexta-feira, no Centro Cul­tural e de Con­gressos da ca­pital do dis­trito, o 10.º Con­gresso da União dos Sin­di­catos de Aveiro. Uma nota de im­prensa da es­tru­tura dis­trital da CGTP-IN des­creve-o como «um con­gresso de grande par­ti­ci­pação e afir­mação, rico na dis­cussão, com men­sagem de con­fi­ança na luta e no fu­turo e em que os do­cu­mentos foram apro­vados por una­ni­mi­dade, re­for­çando o ca­rácter uni­tário e de­mo­crá­tico da União».
Nas vá­rias in­ter­ven­ções, de aná­lise da ac­ti­vi­dade sin­dical nos úl­timos quatro anos e de de­fi­nição das li­nhas de acção no pró­ximo qua­driénio, foi va­lo­ri­zada a luta que con­tri­buiu para der­rotar o go­verno PSD/​CDS e para repor di­reitos rou­bados, como os fe­ri­ados – o pri­meiro dos quais iria ser go­zado no dia se­guinte.
A Di­recção Dis­trital da USA/​CGTP-IN, eleita ainda no pe­ríodo da manhã, re­flecte «uma re­no­vação e re­ju­ve­nes­ci­mento dos qua­dros sin­di­cais em cerca de 44 por cento».
O Se­cre­tário-geral da CGTP-IN es­teve no Con­gresso e fez a in­ter­venção de en­cer­ra­mento. Ar­ménio Carlos va­lo­rizou o con­tri­buto da luta dos tra­ba­lha­dores e do povo, para que se al­te­rasse a re­lação de forças na As­sem­bleia da Re­pú­blica e para que o ac­tual Go­verno tenha ini­ciado a re­po­sição de di­reitos. Apelou a que pros­siga e se in­ten­si­fique o es­cla­re­ci­mento e a mo­bi­li­zação dos tra­ba­lha­dores e da po­pu­lação, des­ta­cando o ac­tual mo­vi­mento em de­fesa do en­sino pú­blico, e acen­tuou a ne­ces­si­dade de levar à prá­tica as cam­pa­nhas de com­bate à pre­ca­ri­e­dade e de re­forço da or­ga­ni­zação sin­dical apro­vadas no 13.º Con­gresso da cen­tral.
Abordou ainda ou­tros temas da ac­tu­a­li­dade, re­a­fir­mando que a re­po­sição das 35 horas se­ma­nais na Ad­mi­nis­tração Pú­blica, como «pro­messa para cum­prir», devem en­trar em vigor a 1 de Julho para todos os tra­ba­lha­dores que ainda so­frem o alar­ga­mento gra­tuito do ho­rário de tra­balho, im­posto pelo go­verno PSD/​CDS desde 2013 e que ne­nhum be­ne­fício trouxe para os ser­viços pú­blicos nem para os ci­da­dãos.
Ar­ménio Carlos re­jeitou a su­gestão das as­so­ci­a­ções pa­tro­nais, para que os fe­ri­ados possa vir a ficar «en­cos­tados» aos fins-de-se­mana, pois trata-se de datas com sig­ni­fi­cado po­lí­tico, cul­tural e re­li­gioso e mudá-las sig­ni­fi­caria abrir a porta para que vi­essem de­pois de­fender a sua abo­lição, in­vo­cando que já não fa­riam sen­tido.

No dia 28, no Fun­chal, teve lugar o 11.º Con­gresso da União dos Sin­di­catos da Re­gião Au­tó­noma da Ma­deira (USAM), em cujo en­cer­ra­mento também in­ter­veio o Se­cre­tário-geral da CGTP-IN. O con­gresso de­correu nas ins­ta­la­ções do Sin­di­cato dos Pro­fes­sores da Ma­deira (SPM, fi­liado na CGTP-IN e na Fen­prof), sob o lema «Dig­ni­ficar o tra­balho – Re­forçar o mo­vi­mento sin­dical uni­tário», e elegeu o Con­selho Re­gi­onal da USAM, com 17 mem­bros.
Na sessão de en­cer­ra­mento in­ter­veio também a di­ri­gente da USAM, Maria José Afon­seca, que, como re­feriu o Diário de No­tí­cias da Ma­deira, lem­brou que as me­didas gra­vosas do go­verno PSD/​CDS foram sen­tidas a do­brar pelos tra­ba­lha­dores da re­gião, de­vido aos efeitos do PAEF (Pro­grama de Ajus­ta­mento Eco­nó­mico e Fi­nan­ceiro 2012-2015). De­fendeu que é ne­ces­sário abrir ca­minho para uma po­lí­tica de es­querda, que va­lo­rize os tra­ba­lha­dores e res­peite a Cons­ti­tuição.
Das rei­vin­di­ca­ções apro­vadas, des­taca-se o au­mento de sete por cento do sa­lário mí­nimo na re­gião, uma in­ter­venção mais eficaz da Ins­pecção do Tra­balho, a cri­ação de mais em­prego com qua­li­dade e a re­jeição da ten­ta­tiva do Go­verno de pri­va­tizar ser­viços pú­blicos.
Ar­ménio Carlos ob­servou que nas in­ter­ven­ções de cada sector não só foram apre­sen­tados ao con­gresso os pro­blemas, mas também pro­postas e uma visão es­tra­té­gica de in­ter­venção para os pró­ximos quatro anos.

Pró­ximos

Hoje e amanhã, em Lisboa, no Au­di­tório da União das As­so­ci­a­ções de Co­mércio e Ser­viços, de­corre o 11.º Con­gresso da Fe­de­ração Na­ci­onal dos Sin­di­catos dos Tra­ba­lha­dores em Fun­ções Pú­blicas e So­ciais, onde 222 de­le­gados re­pre­sentam os qua­tros sin­di­catos fi­li­ados nesta es­tru­tura sec­to­rial da CGTP-IN. Vai ser feito o ba­lanço da ac­ti­vi­dade de­sen­vol­vida nos úl­timos quatro anos, será apro­vado o Pro­grama de Acção para o qua­driénio 2016-2020 e eleita a Di­recção Na­ci­onal – como se re­fere numa nota de im­prensa da fe­de­ração.
No Con­gresso es­tarão pre­sentes re­pre­sen­tantes de es­tru­turas con­gé­neres do País Basco, da Ga­liza, de Chipre, de Itália e da Grécia e da União In­ter­na­ci­onal dos Sin­di­catos dos Ser­viços Pú­blicos. No en­cer­ra­mento in­ter­virão o Se­cre­tário-geral da CGTP-IN, Ar­ménio Carlos, e a co­or­de­na­dora da fe­de­ração, Ana Avoila.

A Fe­de­ração dos Sin­di­catos do Sector da Pesca vai re­a­lizar o seu 9.º Con­gresso no dia 11 de Junho, sá­bado, no Fórum de Arte e Cul­tura, em Es­pinho, sob o lema «De­fender a pesca: va­lo­rizar o tra­balho e os pes­ca­dores».

 



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