O Comité Federal do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) decidiu dia 9, em Madrid, «por unanimidade dizer não» à proposta de Mariano Rajoy de formar uma grande coligação.

O secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, garantiu que o seu partido votará contra a investidura de Mariano Rajoy, líder do PP e presidente do governo em funções de Espanha.

Falando perante o órgão máximo entre congressos do PSOE, Sánchez deixou claro, pela primeira vez, que recusa a grande coligação, qualquer apoio ao PP ou à investidura de Mariano Rajoy. «Nas três opções o PSOE votará contra».

Sánchez desafiou o líder do PP a procurar os apoios necessários para formar governo entre os seus aliados naturais, excluindo a possibilidade de abstenção, caso Rajoy não reúna os votos necessários, mesmo que tal implique a convocação de terceiras eleições.

Dias antes, o antigo líder do PSOE e ex-presidente do governo espanhol, Felipe Gonzalez, considerou que se devia recusar uma grande coligação, mas não impedir a formação de um novo governo, sugerindo a abstenção para viabilizar um executivo minoritário do PP.

Afastando tal cenário, Sánchez insistiu que «somos e seremos a oposição, mas seremos muito mais do que isso, somos a alternativa. Essa é a chave e, por isso, votaremos contra a investidura Rajoy».

Sanchez manifestou ainda a intenção de influenciar as políticas do PP a partir da oposição: «Comprometemo-nos a tentar aglutinar o maior número possível de representantes do povo espanhol para tornar possível uma mudança real das políticas de que Espanha necessita».