- Nº 2224 (2016/07/14)
Protesto do GUE/NGL no Parlamento Europeu

Ingerência ilegítima

Europa

O Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL), condenou, dia 5, a ingerência política e económica em Portugal e Espanha.

Em comunicado, o GUE/NGL, grupo no qual se integram os deputados do PCP, denuncia e rejeita o processo de «chantagem e ingerência económica e política levado a cabo pelas instituições da União Europeia, em particular pela Comissão Europeia, contra Portugal e Espanha e os seus povos».

«As chamadas “sanções” são, independentemente da forma que adquiram (multas, suspensão de fundos da UE ou qualquer outra forma “simbólica”), ilegítimas e inaceitáveis», salienta o grupo, considerando «inaceitável que este tema seja instrumentalizado para tentar reverter os progressos e avanços alcançados pelo povo português nos últimos meses».

No texto afirma-se ainda que «a intenção de punir os povos de Espanha e de Portugal, que são as vítimas de uma crise económica e social que resulta das políticas da própria União Europeia implementadas por anteriores governos, constitui uma aberração, uma terrível injustiça e um acto de agressão inaceitável».

O GUE/NGL «deplora e rejeita os mecanismos que estão por detrás da ameaça das “sanções” da União Europeia – nomeadamente o Pacto de Estabilidade, os pacotes da Governação Económica e o Tratado Orçamental».

«A soberania e as escolhas democráticas do povo português devem ser integralmente respeitadas e livres de qualquer interferência externa. Neste sentido, o GUE/NGL deplora as declarações do ministro das Finanças alemão e do comissário Dombrovskis sobre as políticas levadas a cabo pelo Governo português», conclui o texto.

Juntos contra sanções

Os deputados do GUE/NGL realizaram, dia 7, um acto de protesto nas instalações do Parlamento Europeu contra a imposição de sanções a Portugal e a Espanha, e em solidariedade com os seus povos.

Nos cartazes empunhados pelos deputados, lia-se palavras de ordem como «Não à Chantagem», «Não às sanções a Portugal e Espanha» ou «Democracia», redigidas em vários idiomas.