A Comissão Concelhia de Loures do PCP, evocou, segunda-feira, 4 de Julho, com uma romagem ao memorial na estrada da Bemposta-Bucelas e uma sessão evocativa, os 71 anos do assassinato de Alfredo Dinis pela PIDE. «Alex» foi morto pela polícia política fascista em 1945, aos 28 anos, quando era membro do Comité Central e da Comissão Política do Partido Comunista Português.
Foram vários os amigos e militantes do PCP, assim como dirigentes locais e nacionais do Partido, que participaram nas iniciativas ocorridas de manhã e ao início da noite, respectivamente. Na romagem marcaram ainda presença Bernardino Soares, presidente da Câmara Municipal de Loures, Élio Matias, presidente da JF de Bucelas, e Jorge Dias, membro da Comissão de Freguesia de Bucelas do PCP.
Na sessão evocativa realizada junto à capela da Bemposta, Domingos Abrantes, destacado militante do PCP, lembrou que o assassinato de Alfredo Dinis não esteve desligado das grandes jornadas populares e grevistas que tiveram lugar entre Novembro de 1942 e Maio de 1944, das quais «Alex» foi um dos principais organizadores.
Abnegado revolucionário e militante comunista, Alfredo Dinis dedicou o melhor da sua curta vida à luta dos trabalhadores e do povo português. Por isso, evocar o seu assassinato é também evocar a luta pela liberdade, assim como o reconhecimento da longa história do PCP e o seu contributo na organização e resistência ao fascismo, sublinhou Domingos Abrantes.
Dia 5 de Julho, as comissões concelhias de Santa Maria da Feira e de Espinho do PCP promoveram, por seu lado, uma romagem à campa de António Ferreira Soares, destacado militante comunista assassinado pela PIDE em 1942.
Na iniciativa tomou a palavra Tiago Vieira, membro do Comité Central do PCP, que salientou o carácter heróico do médico que colocou os seus conhecimentos e prática ao serviço do povo, exortando os presentes a continuar a luta a que se dedicou.
Já no passado dia 2, a Organização de Vila nova de Gaia do PCP organizou uma visita ao Forte de Peniche. Domingos Abrantes, ex-preso político pelo fascismo naquele cárcere, explicou as condições e propósitos da detenção pela ditadura, lembrou a resistência dos presos e dos seus familiares, em particular dos comunistas, e evocou a fuga realizada a 3 de Janeiro de 1960, a qual permitiu devolver à luta pela liberdade e a democracia Álvaro Cunhal e outros nove destacados dirigentes e quadros do PCP.