Botas no chão líbio

O secretário norte-americano da Defesa, Ashton Carter, submeteu à Casa Branca um plano pormenorizado para levar a cabo operações militares em toda a Líbia, noticiou o New York Times. E já há boots on the ground –­ tropas no terreno, em jargão castrense.

O jornal nova-iorquino escreve que, uma vez o plano aprovado por Obama, aviões estado-unidenses atacarão campos de treino, centros de comando e depósitos de munições do Estado Islâmico (EI). Também assegurarão a cobertura aérea a milícias armadas apoiadas pelos EUA e que incluem elementos extremistas semelhantes aos do EI.

Em debates televisivos da campanha eleitoral presidencial, a candidata democrata Hillary Clinton defendeu a colocação de forças especiais norte-americanas na Líbia e o alargamento das operações militares dos EUA.

Naquele estado norte-africano, destroçado pela intervenção da NATO em 2011, há hoje grupos armados líbios que recebem «ajudas» dos países ocidentais, como a milícia «Amanhecer da Líbia», que integra combatentes vinculados à Al Qaeda. As forças leais ao parlamento de Tobruk são apoiadas pela CIA.

Já este mês, a França foi forçada a admitir a presença de tropas suas na Líbia, quando um helicóptero foi abatido a 70 quilómetros de Benghazi e morreram três militares. Paris confirmou que os soldados franceses estão envolvidos em «operações secretas perigosas», no combate ao «terrorismo» em solo líbio.

De acordo com a imprensa, tropas francesas, britânicas e norte-americanas estão a «cooperar» com as forças do general Khalifa Haftar, ligado à CIA.




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