- Nº 2232 (2016/09/8)

Preservar a memória histórica

Festa do Avante!

Um milhão de mortos, dois milhões de prisioneiros e centenas de milhares de refugiados. Estes são números da Guerra de Espanha (1936-1939), evocada num debate moderado por Manuela Bernardino, do Secretariado do CC do PCP, que realçou a necessidade de se preservar a memória histórica. No mesmo sentido interveio Pedro Membrives, do PC de Espanha, denunciando que ainda hoje os poderes dominantes silenciam os crimes da guerra e da repressão, e impedem o acesso à documentação sobre a Guerra de Espanha, que «não foi uma guerra fratricida» mas um golpe contra a República democrática.

Opinião semelhante foi exposta por Domingos Abrantes, do PCP, lembrando que quem decidiu a guerra foram as tropas de elite enviadas por Hitler e as hordas de Mussolini, bem como a Grã-Bretanha e a França, com a sua «política de não-intervenção», os EUA, a Internacional Socialista e o Vaticano. Também Salazar apoiou os fascistas: enviou 25 mil combatentes, permitiu à Alemanha e à Itália utilizar o território português, ajudou Franco na propaganda e na diplomacia.
No outro lado dessa «fronteira da liberdade que foi a Espanha» em 1936, os republicanos mostraram grande heroísmo e foram apoiados pelas Brigadas Internacionais, com voluntários de 55 países, incluindo os comunistas portugueses.

CLP