- Nº 2232 (2016/09/8)

Três debates

Festa do Avante!

O local dedicado aos debates no Espaço Internacional, na noite de sábado, a conversa andou à volta da «Luta da Juventude na frente anti-imperialista». Duarte Alves, do secretariado da JCP, Nikolas Papademetriou, presidente da FMJD, bem como muitos jovens que estiveram no acampamento internacional juvenil que antecedeu a Festa do Avante!, sublinharam a importância de os jovens fazerem convergir na luta anti-imperialista os seus problemas e aspirações específicos face ao agravamento da exploração e a retirada de direitos que atingem substancialmente as novas gerações. Foi ainda frisada a importância do Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, que para o próximo ano decorrerá na Rússia assumindo-se como um momento para a unidade dos jovens na luta por um mundo melhor.
Antes, ao final da tarde de sábado, Ilda Figueiredo, do CC do PCP, Jorge Cadima, da Secção Internacional do PCP, Yuri emelyanov, jornalista do «Sovetskaya Rossia», Firas Masri, do PC Libanês, e Novi Shomali, do Tudeh do Irão, formaram o painel do debate «Não ao militarismo e à guerra – lutar pela paz», do qual sobressaiu o ataque à soberania dos países e dos povos (do Médio Oriente à Ásia Central, sem esquecer o cerco à Federação Russa e à China); a NATO como instrumento das guerras de saque, principal factor de instabilidade e instigação de conflitos e de manutenção da hegemonia dos EUA, e, neste quadro, a necessidade de mobilizar para a luta pela paz, unindo todas as forças progressistas, rejeitando a inevitabilidade dos conflitos e os falsos pretextos invocados, insistindo na urgência do desarmamento, sobretudo no campo nuclear.
Já no domingo à tarde, o debate andou em torno de «O referendo no Reino Unido e a crise na e da UE», tendo Ângelo Alves, da Comissão Política do PCP, e João Ferreira, do CC do PCP e deputado do Partido no Parlamento Europeu, insistido na ideia de que a vitória da saída da Grã-Bretanha da UE significa uma alteração profunda no processo de integração capitalista que caracteriza a UE, assim como uma possibilidade aberta para os povos construírem uma Europa de verdadeira cooperação entre estados soberanos.
No debate em que participaram também Robert Griffiths, do PC Britânico, Vera Polycarpou, do Akel do Chipre, e Benjamin Pestiau, do PT da Bélgica, falou-se igualmente das contradições que corroem a UE, da falsidade dos objectivos que Bruxelas diz perseguir e das permanentes fugas para a frente com mais federalismo, menos democracia e possibilidade de decisão dos povos e dos países; das chantagens, ameaças de sanções e instrumentos de condicionamento existentes para impedir a escolha de um rumo de desenvolvimento soberano e de progresso social.

HJ