Propostas insuficientes
O Executivo da Direcção da Organização Regional de Aveiro do PCP comentou, no dia 20, as medidas propostas pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) relativamente aos fogos florestais que «assolaram grandes áreas do território». Para o Partido, as medidas propostas «carecem de aprofundamento e dificilmente responderão» à quantidade e abrangência das questões a que, em sua opinião, é preciso fazer face. No que respeita à passagem do controlo da floresta para a esfera municipal, ou mesmo intermunicipal, o Partido considera que ela «representaria um retrocesso numa questão que é de interesse nacional e deve ser assumida pelo Estado» a nível central. O PCP entende mesmo que tal decisão constituiria um «empurrar para baixo» do problema da floresta, pois a generalidade das autarquias «não dispõe sequer dos meios para lidar com a questão e a sua complexidade».
Já a responsabilização dos pequenos proprietários pelos terrenos abandonados, «que ninguém sabe exactamente quantos e quais são, faz parte de um processo de promoção da concentração da propriedade», acusa ainda o Partido. Nesse comunicado reafirma-se as concepções do Partido acerca das causas fundamentais da «repetição cíclica» do flagelo dos incêndios, nomeadamente o «desinvestimento, desordenamento, falta de limpeza das matas, política agrícola de desprezo pelos pequenos e médios agricultores, etc.».