Melhorar as condições de vida
A Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos assinala o Dia Mundial do Idoso reivindicando o respeito pela dignidade daquela camada social e a reposição do poder de compra perdido nos últimos anos.
O MURPI exige o aumento das reformas e pensões
Com a edição e distribuição de um folheto, o MURPI faz do 1 de Outubro uma data de luta pelos que, «depois de décadas de trabalho e de sacrifícios, contribuindo para o enriquecimento do País», merecem «melhores pensões e condições de vida, que concretizem o seu direito a viver com tranquilidade e dignidade».
A estrutura unitária reafirma o seu empenhamento na luta em defesa dos direitos políticos, sociais, económicos e culturais das pessoas idosas, e, nesse sentido, rejeita «todas as formas de menorização, desigualdade social e degradação do estatuto social dos reformados, pensionistas e idosos», e alerta para a necessidade de combater «todas as formas de violência praticadas sobre as pessoas idosas, exigindo ao poder político medidas adequadas de prevenção das causas».
Valeu e vale a pena lutar
No documento, o MURPI sublinha que «o caminho aberto pela luta dos reformados e pela vontade expressa em 4 de Outubro, com a derrota do governo PSD/CDS, permitiu que, no novo quadro político fossem tomadas algumas medidas positivas», traduzidas na «melhoria de direitos e rendimentos, nomeadamente o desagravamento da sobretaxa de IRS, a reposição dos complementos de reforma nas empresas públicas, o alargamento da isenção das taxas moderadoras e a melhoria das condições de acesso ao complemento solidário para idosos».
Porém, o MURPI nota «o insignificante aumento de 0,4 por cento nas pensões até 628 euros e o congelamento das restantes pensões», razão pela qual lançou uma campanha nacional pelo aumento intercalar das reformas e pensões», a qual, revela-se ainda no documento, «tem contado com um forte apoio dos reformados».
Cumprir a esperança
No actual contexto, o MURPI exige que as políticas governamentais assegurem:
-
Um aumento significativo dos valores das pensões no Orçamento do Estado de 2017 visando a reposição do poder de compra perdido nos últimos anos;
-
O pagamento do Subsídio de Natal numa única prestação;
-
A correcção das injustiças na distribuição do rendimento nacional, as quais penalizam quem tem como única fonte de rendimento a sua reforma, pensão ou salário;
-
A adopção de medidas para aumentar as receitas da Segurança Social, quer elo combate à dívida e à evasão contributiva, quer pela diversificação das fontes de financiamento;
-
A melhoria das condições de habitação, da protecção na saúde, e do direito ao acesso, em plena igualdade, aos equipamentos e às respostas sociais da rede pública, designadamente às pessoas idosas dependentes.