Mobilizar pelo aumento dos salários, analisando a marcação de formas de luta para que o processo de revisão do contrato colectivo de trabalho não caia no impasse, é o que a Fectrans/CGTP-IN e os seus sindicatos estão a fazer durante esta semana no sector do transporte rodoviário de mercadorias. A federação anunciou encontros com trabalhadores na segunda-feira, em Aveiras e Bobadela; anteontem, em Pegões; hoje, em Santarém e Coimbra; e amanhã, na Guia (Albufeira).
A negociação para a revisão do contrato colectivo, um processo formal que foi iniciado com a associação patronal Antram mas que não teve qualquer reunião desde antes do período de férias, deve servir para melhorar as condições de trabalho e, em particular, fazer subir os salários, que são baixos. Num comunicado aos trabalhadores, a Fectrans refere que a Antram e a ANT (outra associação patronal com que tem havido discussão, embora não formalizada como processo negocial) afirmam «de forma genérica» que pretendem aumentar os salários, «até porque são obrigadas a fazê-lo devido às medidas de alguns países europeus». Só que, «quanto ao concreto, ainda nenhuma quis abordar essa questão».
«Tal como no passado, será com a mobilização dos trabalhadores que conseguiremos atingir estes objectivos», salientou a federação, ao anunciar as reuniões com os trabalhadores, que servirão ainda para dar informação acerca da campanha «A Fadiga Mata», a qual vai ser retomada, conjuntamente com o sindicato do sector rodoviário das Comisiones Obreras de Espanha. Uma primeira acção de sensibilização vai ter lugar na fronteira de Vilar Formoso e Fuentes de Oñoro, no dia 4 de Outubro.