EUA agarrados ao nuclear

O Secretário da Defesa dos EUA garante que o país e os seus aliados da NATO não abdicam da faculdade de serem os primeiros a usar uma arma nuclear em caso de conflito. Ao discursar numa base militar norte-americana dedicada à investigação atómica, Ashton Carter defende que a posição de Washington e dos parceiros da Aliança Atlântica «tem sido a política desde há muito e faz parte dos planos [presentes e futuros]».

As declarações foram proferidas no dia 27 de Setembro, justamente quando dois congressistas norte-americanos entregaram na Casa dos Representantes um projecto-de-lei que impede o presidente dos EUA de ordenar um primeiro ataque nuclear.

«O presidente só deveria poder utilizar as armas nucleares em resposta a um ataque nuclear», defendem Edward Markey e Ted Lieu, para quem «o risco de uma guerra nuclear ameaça gravemente a sobrevivência da espécie humana» e «infelizmente, ao não excluir a possibilidade de ser o primeiro a usar a arma atómica, os EUA aumentam o risco de uma escalada nuclear involuntária».

Entre as potências nucleares, a China já assumiu o compromisso de nunca utilizar a arma atómica em primeiro lugar.

 



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