Organizações portuguesas repudiam ingerência imperialista

Pela paz e a soberania na Síria

Dezanove organizações nacionais «reclamam o fim da ingerência e agressão à Síria e do apoio aos grupos mercenários e à sua acção de terror e destruição», e «exigem o apoio urgente às populações afectadas, aos milhões de deslocados e refugiados, vítimas da guerra de agressão».

O povo sírio enfrenta uma cruel agressão há mais de cinco anos

LUSA

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O texto divulgado a semana passada pelo Conselho Português para a Paz e a Cooperação (CPPC) e que continua aberto à subscrição, sublinha que «há mais de cinco anos a Síria e o seu povo enfrentam uma cruel agressão, resultante da ingerência externa e da acção de terror de grupos de mercenários financiados, treinados e armados pelos EUA, França, Reino Unido, Israel, Turquia, Arábia Saudita e Qatar, entre outros países». A guerra, acrescenta-se, «provocou centenas de milhares de mortos e feridos, milhões de deslocados e refugiados, a destruição de um país».

CPPC, Associação de Amizade Portugal-Cuba, Confederação das Colectividades, JCP, MPPM, MURPI, Ecolojovem, Cooperativa Mó de Vida, Associação «Os Pioneiros de Portugal», Colectivo Mumia Abu-Jamal, Confederação dos Quadros Técnicos e Científicos e estruturas sindicais como a CGTP-IN, STML, FNSTFPS, SPRC, FESAHT, Fiequimetal e as uniões dos sindicatos de Lisboa e do Norte Alentejano, lembram que «os grupos de terroristas que agem na Síria – como a Al-Qaeda, a Frente Al-Nusra, o Estado Islâmico, entre muitos outros – são responsáveis pelos mais hediondos crimes contra as populações, espalhando uma violência sectária, procurando destruir o Estado sírio, incluindo a sua tradição secular, laica e de liberdade religiosa, onde diversas confissões desde há muito convivem pacificamente».

Situação perigosa

«À semelhança das guerras de agressão ao Iraque e à Líbia, a guerra contra a Síria insere-se no
objectivo dos Estados Unidos de imporem o seu domínio sobre o Médio Oriente e é também acompanhada por uma ampla campanha mediática de manipulação e mentira com o objectivo de que as guerras de agressão sejam aceites e consideradas como justificáveis», afirmam-se também no documento.

«A insistência dos EUA e seus aliados na escalada de confronto, na agressão ao povo sírio e na fragmentação da República Árabe Síria, aumenta os riscos de agravamento do conflito, com consequências imprevisíveis», acusam ainda os signatários, que, nesse sentido, apelam a que «as forças da paz, todos quantos defendem e se preocupam com os direitos dos povos e com os direitos humanos, todos os que tomaram posição contra a guerra do Iraque e contra a guerra da Líbia» não fiquem «indiferentes perante a guerra de agressão contra a Síria e o seu povo».

 



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