1991 – Lei do Muro nos EUA

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O pre­si­dente eleito dos EUA, Do­nald Trump, pro­meteu cons­truir um muro ao longo de toda a fron­teira com o Mé­xico. A ideia, acom­pa­nhada de afir­ma­ções ra­cistas e xe­nó­fobas, me­receu o maior des­taque na co­mu­ni­cação so­cial, mas não é nova nem ori­ginal. Em 1991, Ge­orge W. Bush (pai) as­sinou a «Lei do muro» au­to­ri­zando a cons­trução de uma cerca dupla em certas zonas da fron­teira entre os dois países, para «pro­teger o povo ame­ri­cano» e tornar as «fron­teiras mais se­guras». O muro co­meçou de facto a ser cons­truído em 1994, du­rante a pre­si­dência de Bill Clinton, com o pro­grama anti-imi­gração-ilegal co­nhe­cido como Ope­ração Guar­dião (Ope­ra­tion Ga­te­ke­eper). Com vá­rios qui­ló­me­tros de ex­tensão na fron­teira de Ti­juana – San Diego, o muro in­clui «três bar­reiras de con­tenção, ilu­mi­nação de muito alta in­ten­si­dade, de­tec­tores an­ti­pes­soais de mo­vi­mento, sen­sores elec­tró­nicos e equipas de visão noc­turna en­tre­la­çados com ra­di­o­co­mu­ni­ca­ções com a po­lícia de fron­teira dos Es­tados Unidos, bem como vi­gi­lância per­ma­nente com veí­culos e he­li­cóp­teros ar­ti­lhados». Ou­tras sec­ções do muro foram er­guidas pos­te­ri­or­mente nos es­tados de Ari­zona, Novo Mé­xico e Texas. Es­tima-se que nos úl­timos 20 anos mor­reram na fron­teira dos dois países cerca de dez mil mi­grantes.