«Ano negro» no Douro
A Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro assinalou, quinta-feira, 10, no Peso da Régua, um ano da tomada de «assalto» à Casa do Douro.
Viticultores registaram quebras brutais na produção de vinho
Na concentração à porta da Casa do Douro (CD), viticultores do Peso da Régua, Vila Real, Sabrosa, Alijó, Santa Marta de Penaguião, Armamar, S. João da Pesqueira, Carrazeda de Ansiães, Lamego e Mesão Frio exigiram do Governo a revogação do Decreto-Lei 152/2014, que transformou aquela instituição numa associação de direito privado. Caso isso não se verifique, prometeram, será realizada uma grande acção de luta e reivindicação até ao segundo trimestre de 2017.
Ali, foram ainda denunciados vários problemas que afectam os milhares de pequenos e médios viticultores, nomeadamente a grande quebra de produção de uvas, os baixos preços à produção, a confusão instalada pelas medidas do PDR2020 e VITIS.
Para atenuar estas situações, a Avidouro reclama um aumento significativo dos preços das uvas na produção, a obrigatoriedade de celebração de contratos entre firmas e viticultores, com a indicação de preços e prazos de pagamento, e a suspensão temporária das prestações para a Segurança Social de todos os produtores afectados pelas quebras de produção. A associação defende, ainda, uma linha de crédito altamente bonificada e a desburocratização das candidaturas aos programas comunitários em vigor.
Protesto no Mercado de Pombal
Na segunda-feira, 14, a União dos Agricultores do Distrito de Leiria promoveu uma acção, no Mercado de Pombal, para alertar para a «ruína» da produção nacional.
Num folheto distribuído no local, denuncia-se que, em média, apenas 20 por cento do que o consumidor paga pelos produtos alimentares vai para os agricultores que os produzem. Com o slogan «Consuma produtos nacionais! Ganhamos todos e ganha o País», o documento refere, por exemplo, que as batatas são compradas ao produtor a um preço que varia entre os 10 e os 25 cêntimos o quilo e é vendida depois a 93 cêntimos, e que o arroz é pago a 27 cêntimos o quilo e chega ao consumidor a um euro.