Para a segunda quinzena de Dezembro, o Sitava admite convocar uma greve dos trabalhadores da segurança dos aeroportos (técnicos APA), para dar força à posição defendida na negociação do novo contrato colectivo de trabalho com a Associação de Empresas de Segurança (AES), que representa a Prosegur e a Securitas.
A possibilidade de recorrer à greve tinha sido admitida num comunicado, no dia 14, depois de a AES ter recuado na proposta salarial, o que levou o sindicato a acusar os patrões de quererem «fazer ouvidos moucos ao grito dos APA de 27 de Agosto» (dia de greve) e «manter os APA na precariedade e nos baixos salários, e continuar a engordar os lucros com o nosso esforço e à custa das nossas famílias».
No dia 18, à entrada de mais uma reunião com a AES, o coordenador do Sitava mostrou-se céptico quanto ao eventual resultado da negociação. À agência Lusa, Fernando Henriques explicou que, além da actualização salarial para os próximos dois anos, o sindicato pretende chegar a acordo quanto a tempos de trabalho, condições de segurança e saúde no trabalho e outras matérias. A resposta à posição patronal vai ser discutida em plenários de trabalhadores.