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A Comissão de Utentes da Saúde do Concelho de Sintra (CUSCS) realizou na sexta-feira, 9, junto ao Centro de Saúde de Rio de Mouro, uma vigília/protesto para denunciar o agravamento continuado e deliberado das condições de acesso ao Serviço Nacional de Saúde. Na iniciativa foi apresentado um diagnóstico genérico acerca das condições de acesso à saúde naquela unidade, que tem vindo a perder os já insuficientes médicos de família que ali prestavam serviço.
Em declarações à Lusa, Paula Borges, da CUSCS, informou que o Centro de Saúde de Rio de Mouro tem 23 715 inscritos e cerca de 49 por cento dos utentes não têm médico de família. «Isto é um problema transversal a todos os centros de saúde do concelho de Sintra. Segundo estimativas de Junho, teríamos perto de 94 mil utentes sem médico de família e estariam em falta 46 médicos, 32 enfermeiros e 77 assistentes e técnicos de saúde», frisou Paula Borges.
Na acção, a CUSCS reivindicou, também, «a construção de um hospital público no concelho», porque o Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) foi projectado para servir cerca de 300 mil utentes e só o município de Sintra possui 400 mil habitantes». Neste sentido, adiantou Paula Borges, o projecto em negociações entre o Ministério da Saúde e a autarquia, para a construção de um pólo hospitalar em Sintra, ligado ao Amadora-Sintra, com alargamento do atendimento do Hospital de Cascais a parte do município, «não resolve as carências» no concelho.