Reposição de freguesias em audição na AR

Respeitar a vontade das populações

A ne­ces­si­dade de cor­rigir os efeitos ne­ga­tivos de­cor­rentes da ex­tinção de 1167 fre­gue­sias im­posta pelo an­te­rior go­verno PSD/​CDS, na que ficou tris­te­mente ce­le­bri­zada por «lei Relvas», voltou a ser su­bli­nhada em au­dição pú­blica na As­sem­bleia da Re­pú­blica.

Des­ti­nada a aus­cultar os eleitos das au­tar­quias lo­cais, no âm­bito do pro­cesso le­gis­la­tivo em sede de es­pe­ci­a­li­dade re­la­tivo a ini­ci­a­tivas le­gis­la­tivas do PCP, BE e PS vi­sando a re­po­sição de fre­gue­sias, a au­dição re­a­lizou-se no pas­sado dia 5 por ini­ci­a­tiva da co­missão par­la­mentar de Am­bi­ente, Or­de­na­mento do Ter­ri­tório, Poder Local, Des­cen­tra­li­zação e Ha­bi­tação, sob pro­posta do PCP.

Su­bli­nhada no de­curso dos tra­ba­lhos, em que par­ti­ci­param cerca de três cen­tenas de eleitos oriundos dos mais di­versos pontos do País, foi so­bre­tudo a im­por­tância de repor as fre­gue­sias antes das elei­ções au­tár­quicas, res­pei­tando a von­tade das po­pu­la­ções.

Essa foi uma ideia pre­sente e va­lo­ri­zada por muitos dos cerca de 50 eleitos de câ­maras mu­ni­ci­pais e juntas de fre­gue­sias que in­ter­vi­eram no de­bate e que de­fen­deram a cor­recção dessa me­dida da­nosa im­posta pelo an­te­rior go­verno à re­velia dos in­te­resses das po­pu­la­ções, que assim viram perder o seu poder de pro­xi­mi­dade com os eleitos e, nessa me­dida, a ca­pa­ci­dade de mais fa­cil­mente re­solver os seus pro­blemas quo­ti­di­anos.

E assim se des­vir­tuou o poder local de­mo­crá­tico e des­ca­rac­te­rizou o ter­ri­tório, em­po­bre­cendo-o com novos de­se­qui­lí­brios, em contra-mão com o papel e ex­tra­or­di­nário tra­balho le­vado a cabo por essas fre­gue­sias em prol das suas po­pu­la­ções.

Daí a pro­posta de re­po­sição de fre­gue­sias pre­co­ni­zada pelo PCP no seu pro­jecto de lei, apre­sen­tado em Maio deste ano, não uma «re­po­sição in­te­gral de todas as fre­gue­sias», como sa­li­entou na sessão a de­pu­tada co­mu­nista Paula Santos, mas sim uma re­po­sição que pre­serve e cor­res­ponda à von­tade das po­pu­la­ções e dos ór­gãos au­tár­quicos.

 



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