Sanções à Rússia

Perdas na UE

As sanções impostas à Federação Russa por EUA e União Europeia (UE) estão na base da eliminação de quase 400 mil postos de trabalho e na perda de 17,6 mil milhões de euros na UE.

Só o prejuízo germânico ascende a seis mil milhões de euros em 2015

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Os cálculos reportam-se ao ano de 2015 e foram divulgados no final da semana passada por meios de comunicação social austríacos, que citam um estudo elaborado por um instituto económico local. De acordo com este, ao nível da delapidação de emprego, a Alemanha surge em primeiro lugar com cerca de 97 mil postos de trabalho destruídos, seguida pela Polónia com 78 mil empregos eliminados.

A Alemanha é o maior parceiro comercial e económico da Federação Russa, e em virtude de tal estatuto foi também o país cujo capital maiores perdas encaixou decorrentes da imposição unilateral de sanções. No mesmo período estima-se que só o prejuízo germânico ascenda a seis mil milhões de euros. Em segundo lugar vem a França, com perdas calculadas em 1,6 mil milhões de euros, afirma a mesma fonte.

A intervenção da UE e dos EUA na Ucrânia – nomeadamente pelo apoio destes ao golpe de Estado que em 2014 derrubou o chefe de Estado e de governo ucraniano e acabou com a instalação de uma junta de cariz fascista no país, a secessão da província da Crimeia e a sua adesão à Federação Russa, e o desencadeamento de uma guerra fratricida contra regiões russófonas da Ucrânia que se opuseram ao novo poder em Kiev – deterioraram as relações de Bruxelas e Washington com Moscovo e prosseguiram com a aplicação de um embargo.

Recentemente, os líderes europeus e norte-americanos, reunidos em cimeira na Alemanha, decidiram prolongar e aplicar mais sanções à Rússia. Em comunicado, a Casa Branca justificou a decisão com a necessidade de pressionar o Kremlin a implementar os acordos de Minsk, subscritos com o objectivo de encontrar uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia.

A Federação Russa respondeu às sanções aplicadas desde 2014 barrando a importação de produtos agropecuários de países da UE e estabelecendo acordos com países da América Latina.

 



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