Largas de­zenas de uti­li­za­dores dos trans­portes pú­blicos de Lisboa es­ti­veram con­cen­trados, no dia 18, junto à re­si­dência ofi­cial do pri­meiro-mi­nistro, onde en­tre­garam um ma­ni­festo e ofe­re­ceram, sim­bo­li­ca­mente, uma car­ru­agem de Metro em cartão e sar­di­nhas em lata. «Es­tamos fartos. Exi­gimos trans­portes pú­blicos de qua­li­dade», lia-se nos car­tazes em­pu­nhados.

Du­rante a vi­gília, os utentes pro­mo­veram um «freeze flash mob/​ma­ne­quin chal­lenge» para de­mons­trarem, sim­bo­li­ca­mente, que os trans­portes pú­blicos de Lisboa pa­ra­lisam a vida dos ci­da­dãos, de­vido aos atrasos, per­tur­ba­ções e ava­rias no Metro e na Carris.

Em re­lação ao Metro, os utentes cri­ticam a exis­tência de cerca de 20 car­ru­a­gens pa­radas por falta de peças, a su­pressão de car­ru­a­gens, a re­dução de cerca de 300 tra­ba­lha­dores e a falta de aces­si­bi­li­dade para pes­soas com mo­bi­li­dade re­du­zida em al­gumas es­ta­ções.

A acção contou com a pre­sença de Ana Mes­quita, de­pu­tada do PCP na As­sem­bleia da Re­pú­blica. O Par­tido en­tregou no mesmo dia um re­que­ri­mento, na Co­missão de Eco­nomia, para se cons­ti­tuir um grupo de tra­balho no Par­la­mento para «fazer face aos pro­blemas que se vivem nos trans­portes pú­blicos», in­formou a de­pu­tada.