Ameaças não travaram greve em Seia

Na se­gunda-feira, dia 13, a greve no centro de con­tacto da EDP, em Seia, sub­con­tra­tado à Man­power­Group So­lu­tions, teve a adesão da grande mai­oria dos tra­ba­lha­dores, com maior ex­pressão no ser­viço que res­ponde aos cli­entes do mer­cado re­gu­lado.
Ao dar a in­for­mação, o SITE Centro-Norte ga­rantiu que a luta, por me­lhores sa­lá­rios e contra uma al­te­ração de es­ca­lões que pro­longa o pe­ríodo em que é pago pouco mais que o sa­lário mí­nimo, vai con­ti­nuar, agora também contra des­pe­di­mentos que a em­presa co­meçou a anun­ciar. «Os ser­viços foram bas­tante afec­tados», as­se­gu­rando o sin­di­cato que «só não se nota mais o efeito da greve porque a em­presa re­correu também à re­a­li­zação de tra­balho su­ple­mentar e a al­te­ra­ções de ho­rário».
O pi­quete de greve, di­ri­gentes sin­di­cais e ou­tros tra­ba­lha­dores em luta con­cen­traram-se junto às can­celas de acesso às ins­ta­la­ções da EDP, na Quinta da Quin­tela, mas «muitos tra­ba­lha­dores, fa­zendo greve, op­taram por não com­pa­recer no local de tra­balho». O re­lato do sin­di­cato, pu­bli­cado no sítio da Fi­e­qui­metal/​CGTP-IN, re­fere ainda que «ou­tros tra­ba­lha­dores, con­tra­tados a termo certo, foram tra­ba­lhar, com medo» e adi­anta que na sexta-feira, dia 10, «a Man­power­Group So­lu­tions co­mu­nicou a al­guns que iria pro­ceder à res­cisão dos seus con­tratos de tra­balho no final deste mês».
O SITE CN ad­mite que este ataque possa abranger 100 tra­ba­lha­dores e acusa a em­presa de pre­tender evitar que eles passem ao quadro efec­tivo, «o que é ab­so­lu­ta­mente con­de­nável».

 

Re­sul­tados

As lutas de­sen­vol­vidas pelos tra­ba­lha­dores do call center per­mi­tiram que se tenha con­se­guido au­mentos sa­la­riais entre 23 e 48 euros, in­cluindo 13 por mês de au­mento do sub­sídio de re­feição.
Em­bora a de­cisão tenha sido apli­cada sem ne­go­ci­ação, o sin­di­cato re­alça que se trata de «va­lores a que a em­presa nunca teria che­gado, se os tra­ba­lha­dores não ti­vessem re­cor­rido a formas de luta».

 



Mais artigos de: Trabalhadores

Exigências entregues em mão <br>aos patrões e ao Governo

REI­VIN­DICAÇÃO A cul­minar uma «quin­zena de acção e luta», ma­ni­fes­taram-se no dia 10, sexta-feira, em Lisboa, cen­tenas de tra­ba­lha­dores dos sec­tores abran­gidos pelos sin­di­catos da Fi­e­qui­metal/​CGTP-IN.

Enfermeiros param hoje em Lisboa

SAÚDE Os en­fer­meiros do ACES Lisboa Norte cum­prem hoje uma pa­ra­li­sação pela con­tra­tação dos pro­fis­si­o­nais em falta. Esta e ou­tras rei­vin­di­ca­ções estão na base de uma greve na­ci­onal pre­vista para os dias 30 e 31.

Nova greve na Thyssenkrup

A greve de dia 10, sexta-feira, na Thyssenkrupp Elevadores, teve adesão elevada e impacto nos vários locais de trabalho, informou a Fiequimetal/CGTP-IN, assinalando que «os trabalhadores mostraram, uma vez mais, que não vão baixar os braços na luta...

Santarém exige mais meios na ACT

A exigência de reforço dos meios humanos e materiais da Autoridade para as Condições do Trabalho no distrito foi levada pela União dos Sindicatos de Santarém, no dia 7, à comissão parlamentar do Trabalho e da Segurança Social. «Após a...