Em Lisboa, mais de uma cen­tena de es­tu­dantes des­fi­laram entre a Praça Duque de Sal­danha e a Di­recção Geral do En­sino Su­pe­rior, na Ave­nida Duque de Ávila. «A edu­cação é um di­reito» e «Bolsas sim, pro­pinas não» foram al­gumas das pa­la­vras de ordem en­to­adas du­rante a ma­ni­fes­tação. Nas faixas e car­tazes dava-se também conta da si­tu­ação pre­o­cu­pante em que se en­contra aquele grau de en­sino: falta de fi­nan­ci­a­mento e a con­se­quente exis­tência de pro­pinas e eli­ti­zação do En­sino Su­pe­rior; falta de fi­nan­ci­a­mento da Acção So­cial Es­colar, atrasos nas bolsas e in­su­fi­ci­ência dos res­pec­tivos va­lores e de­mo­rado pro­cesso bu­ro­crá­tico; falta de re­si­dên­cias uni­ver­si­tá­rias e a de­gra­dação das exis­tentes.

Os es­tu­dantes de­nun­ci­aram ainda o au­mento do preço do prato so­cial, de­fen­deram o ca­rácter pú­blico das ins­ti­tui­ções e re­cu­saram o ac­tual Re­gime Ju­rí­dico das Ins­ti­tui­ções de En­sino Su­pe­rior.

Pro­postas

Em co­mu­ni­cado, a Di­recção da Or­ga­ni­zação do En­sino Su­pe­rior de Lisboa da JCP saudou aquela acção e apelou a todos os es­tu­dantes que pros­sigam a luta pelos seus di­reitos cons­ti­tu­ci­o­nal­mente con­sa­grados, sendo essa a única via para a cons­trução de uma so­ci­e­dade de pro­gresso e jus­tiça.

Os jo­vens co­mu­nistas con­si­de­raram ainda ser ur­gente o fim das pro­pinas, «por serem uma bar­reira de acesso e frequência que au­menta o aban­dono es­colar e a eli­ti­zação do En­sino» e rei­vin­dicam o re­forço do in­ves­ti­mento na Acção So­cial Es­colar (di­recta e in­di­recta), a re­vo­gação do ac­tual Re­gime Ju­rí­dico das Ins­ti­tui­ções de En­sino Su­pe­rior, o fim do re­gime fun­da­ci­onal e das pri­va­ti­za­ções em curso, assim como o cum­pri­mento por parte do Es­tado do seu dever de fi­nan­ciar de­vi­da­mente as ins­ti­tui­ções de En­sino Su­pe­rior.