A intensificar-se ou a manter-se a guerra no Iémene, a maioria da população do país vai ser arrastada para uma vaga de fome sem precedentes, alerta a chefe da delegação do Comité Internacional da Cruz Vermelha em Moscovo. Magne Barth adverte que o prolongamento do conflito está a provocar a erosão e subida dos preços dos géneros alimentares, e calcula que a situação vai agravar-se atingindo um ponto de calamidade nos próximos quatro meses, caso nada seja feito.

De acordo com os dados divulgados a semana passada pela Oficina de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas, 19 milhões de iemenitas carecem de algum tipo de ajuda humanitária. Destes, cerca de 12 milhões necessitam de ajuda urgente para sobreviver, mas o organismo da ONU afirma que só estão disponíveis 14,4 por cento dos fundos reclamados para o efeito.