1582 – Edição do códice Splendor Solis

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O có­dice Harley MS. 3469 – Splendor Solis, Es­plendor do Sol – con­ser­vado na Bri­tish Li­brary de Lon­dres (Bi­bli­o­teca Na­ci­onal do Reino Unido, uma das mai­ores do mundo), é con­si­de­rado o exem­plar me­lhor pre­ser­vado do mais belo e mais cé­lebre tra­tado de al­quimia ilus­trado do mundo. As suas 22 ilus­tra­ções de pá­gina in­teira, de grande ri­queza cro­má­tica e pro­fusão de de­ta­lhes, ex­põem as chaves da ca­bala (ten­ta­tiva de de­fi­nição da na­tu­reza do uni­verso e do ser hu­mano, do sen­tido da exis­tência), da as­tro­logia e do sim­bo­lismo alquí­mico. Se­gundo o his­to­ri­ador de arte e in­ves­ti­gador Jörg Völl­nager, as­so­ciado do Museu Na­ci­onal de Berlim, o Es­plendor do Sol não é um ma­nual para al­qui­mistas mas sim uma obra que visa di­fundir a fi­lo­sofia da al­quimia, um con­ceito do mundo se­gundo o qual o homem (o al­qui­mista) vive e actua em con­so­nância com a na­tu­reza, res­pei­tando a cri­ação di­vina e in­ter­fe­rindo por sua vez nos seus pro­cessos de de­sen­vol­vi­mento. Ig­nora-se quem foi o autor do có­dice e ao ser­viço de quem o pro­duziu, mas Völl­nager situa a sua origem em Aus­burgo, no es­tado alemão da Ba­viera, cerca de 50 anos antes da edição da obra, e con­si­dera que Splendor Solis foi pro­jec­tado desde o prin­cípio para ser o mais belo de todos os ma­nus­critos alquí­micos.