A CDU em Mon­temor-o-Novo está a de­sen­volver um tra­balho mar­cado por uma gestão aberta e par­ti­ci­pada, um ele­vado nível de des­cen­tra­li­zação de com­pe­tên­cias da Câ­mara Mu­ni­cipal para as juntas de fre­guesia, ga­ran­tindo assim me­lhores e mais efi­cazes res­postas aos pro­blemas das po­pu­la­ções, e um for­ta­le­ci­mento das re­la­ções com os agentes eco­nó­micos lo­cais.

Nos úl­timos quatro anos teve ainda lugar uma aposta na va­lo­ri­zação dos pro­dutos lo­cais, in­ves­ti­mentos no quadro da par­ceria da gestão pú­blica da rede de água e sa­ne­a­mento, com a con­clusão da ETAR de Lavre e início da cons­trução da nova ETAR de Mon­temor-o-Novo, o Centro Es­colar, a nova Ofi­cina da Cri­ança, in­ves­ti­mentos em equi­pa­mentos des­por­tivos em todo o con­celho, apoios a pro­jectos fi­nan­ci­ados do mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo, a apro­vação do Plano Es­tra­té­gico de De­sen­vol­vi­mento Ur­bano.

Fu­turo

Hor­tênsia Me­nino su­bli­nhou que a CDU já está a «pre­parar o fu­turo» do con­celho de Mon­temor-o-Novo. «Temos um con­junto de in­ves­ti­mentos pre­vistos com fi­nan­ci­a­mento co­mu­ni­tário ga­ran­tido, fruto da in­ter­venção da nossa gestão mu­ni­cipal, que irão re­vo­lu­ci­onar o nosso es­paço pú­blico em termos de mo­bi­li­dade e re­ge­ne­ração, com um pa­cote de in­ves­ti­mentos de 5,2 mi­lhões de euros na ci­dade até 2020», re­velou a pre­si­dente e can­di­data.

No pró­ximo man­dato, a Co­li­gação PCP-PEV vai in­vestir numa «ainda maior e par­ti­ci­pação e en­vol­vi­mento po­pular em áreas como a gestão de es­paços in­for­mais de des­porto, a qua­li­fi­cação e a imagem ur­bana di­rec­ta­mente com a po­pu­lação e as­so­ci­a­ções do con­celho», na «pro­moção in­te­grada das po­ten­ci­a­li­dades eco­nó­micas de todo o con­celho com vista à cap­tação de in­ves­ti­mento ex­terno» e na «re­cu­pe­ração de pa­tri­mónio cons­truído», dando «pri­o­ri­dade à mo­bi­li­dade e cir­cu­lação».

Ainda se­gundo Hor­tênsia Me­nino, a equipa da CDU vai «tra­ba­lhar em con­junto com as as­so­ci­a­ções, as redes e grupos de ci­da­dãos, na cons­trução de um con­celho mais justo e so­li­dário» e «apelar aos jo­vens para que com a sua ir­re­ve­rência e cri­a­ti­vi­dade as­sumam uma par­ti­ci­pação mais ac­tiva no fu­turo do con­celho, cri­ando con­di­ções para o de­sen­vol­vi­mento de pro­jectos cul­tu­rais e cri­a­tivos que fixem os mais jo­vens e atraiam novas ideias».

Com 39 anos, a can­di­data, li­cen­ciada em Ge­o­grafia e Pla­ne­a­mento Re­gi­onal, é mi­li­tante do PCP desde 2001, membro da Co­missão Con­ce­lhia de Mon­temor-o-Novo e da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Évora do Par­tido.

Par­ti­ci­pação

Vi­ta­lina da Con­ceição Sofio, pro­fes­sora apo­sen­tada e mi­li­tante do PCP, ga­rantiu que o pro­jecto au­tár­quico da CDU «re­nova-se e alarga-se, em cada man­dato, man­tendo-se a grande co­li­gação de es­querda, es­paço de con­ver­gência de­mo­crá­tica, de par­ti­ci­pação de ho­mens e mu­lheres, com ou sem fi­li­ação par­ti­dária, que aqui en­con­traram uma forma de par­ti­cipar na cons­trução de me­lhor fu­turo para as suas lo­ca­li­dades e po­pu­la­ções». «Na CDU, em Mon­temor-o-Novo, jun­tamos eleitos com longa ex­pe­ri­ência au­tár­quica, cons­truída em man­datos com con­di­ções po­lí­ticas na­ci­o­nais bem di­fe­rentes, com muitos que, com a sua ju­ven­tude, energia e di­fe­renças, vão che­gando, em cada man­dato», va­lo­rizou. 

Uma força que vale a pena

An­te­ontem, 23, no Au­di­tório do Parque Ur­bano, onde es­ti­veram mais de 400 pes­soas, Je­ró­nimo de Sousa voltou a de­fender a cri­ação das re­giões ad­mi­nis­tra­tivas com a fi­xação de um ca­len­dário e me­to­do­logia que as­se­gure a sua efec­ti­vação em 2019.

Esta pro­posta – in­te­grada num con­junto de im­por­tantes ini­ci­a­tivas le­gis­la­tivas já apre­sen­tadas – dis­tin­guem-se, cla­ra­mente, das pro­postas avan­çadas pelo Go­verno PS, que estão muito aquém e re­sultam num novo pro­te­la­mento da efec­tiva des­cen­tra­li­zação que se impõe re­a­lizar no País.

É o caso da trans­fe­rência de com­pe­tên­cias para as au­tar­quias, na qual estão au­sentes os prin­cí­pios, cri­té­rios e meios que devem en­qua­drar o pro­cesso de trans­fe­rên­cias. «Pe­rante a Lei de Fi­nanças Lo­cais, su­jeita às op­ções de mo­mento de cada Or­ça­mento do Es­tado, o que se pers­pec­tiva a curto prazo é a acen­tu­ação da as­fixia fi­nan­ceira das au­tar­quias, im­pos­si­bi­li­tando não só a res­posta a novas com­pe­tên­cias, como também pre­ju­di­cando as ac­tuais», ad­vertiu o Se­cre­tário-geral do PCP.

Sobre as pró­ximas elei­ções, Je­ró­nimo de Sousa su­bli­nhou que «é pos­sível dar novos passos na re­so­lução dos pro­blemas» do con­celho de Mon­temor-o-Novo e «um salto qua­li­ta­tivo na luta pela al­ter­na­tiva no plano na­ci­onal, capaz de fazer de 2017, com a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo, um tempo de novos e mais de­ci­sivos avanços no me­lho­ra­mento das con­di­ções de vida do nosso povo».

«Temos um pro­jecto al­ter­na­tivo de es­querda no Poder Local que não deixa dú­vidas quanto ao sen­tido e rumo da nossa in­ter­venção na de­fesa do in­te­resse pú­blico e das po­pu­la­ções», des­tacou, afir­mando: «Vamos para estas elei­ções com a con­fi­ança e a con­vicção de que é pos­sível dar um sig­ni­fi­ca­tivo im­pulso no re­forço elei­toral da CDU».